Tóquio, 21 mar (EFE).- O Governo japonês assegurou nesta segunda-feira que a radiação em torno do reator 3 da central de Fukushima não aumentou, apesar da fumaça detectada nessa unidade, e proibiu a venda de leite e espinafre em quatro províncias próximas à usina.
O ministro porta-voz, Yukio Edano, explicou que está sendo investigada a origem da fumaça acinzentada vista às 15h55 do horário local (3h55 de Brasília) na unidade 3 e insistiu que as medições não mostram um aumento significativo da radiação desde essa hora.
Anteriormente, um porta-voz da empresa Tepco, operadora da central, havia assinalado que também não há mudanças na pressão do reator, embora por segurança tenha sido determinada a retirada dos trabalhadores nessa área da usina, enquanto se investiga a situação.
A fumaça sai do local onde se encontra a piscina de combustível nuclear, mas não se sabe se provém do interior, segundo a Tepco, que acrescentou que não foi registrada nenhuma explosão e descartou um curto-circuito como causa.
Enquanto se trabalha para controlar a situação na central de Fukushima, o Governo proibiu a distribuição de leite e espinafre procedentes dessa província e de algumas regiões vizinhas após ser detectada contaminação por radiação.
As províncias afetadas pela restrição são, além de Fukushima, Gunma, Ibaraki e Tochigi, segundo Edano.
O período de tempo em que a proibição ficará em vigor dependerá do controle dos níveis de radiação: "Primeiro teremos que solucionar a situação na usina nuclear", disse.
O porta-voz do Governo reiterou que o nível de contaminação detectado até agora em leite e espinafre não representa um risco imediato para a saúde, exceto se os alimentos forem consumidos por um período prolongado de tempo, e destacou que a proibição de sua venda é "uma medida de precaução".
Edano também disse que o Ministério de Agricultura aplicará medidas para evitar que os preços desses produtos disparem e serão estudadas compensações para os agricultores afetados.
As indenizações "dependerão do quanto durar a restrição de venda. Dado que a medida se deve ao acidente (em Fukushima), assumimos que a Tepco será a principal responsável", assinalou. EFE
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