Publicada em 22/03/2011
RIO - A coalizão internacional que atacou pelo quarto dia consecutivo Trípoli e outro alvos militares, nesta terça-feira, não está conseguindo frear os ataques das forças leais a Muamar Kadafi. As tropas do ditador retomaram os ataques contra Misurata, a única cidade do oeste em poder dos rebeldes. ►Tanques e artilharia pesada foram deslocados para os arredores do enclave, abrindo fogo contra posições dos insurgentes. ►►
Há relatos de vítimas entre os civis. Segundo a al-Jazeera, as forças de Kadafi estão também tentando tomar o controle da cidade de Zintan nesta terça-feira.
A ofensiva de Kadafi está provocando exatamente o que as forças internacionais queria evitar, segundo a resolução aprovada pela ONU: baixas entre os civis.
Em um incidente, quatro meninos que viajavam em um carro foram mortos ao serem atingidos pelas forças do regime, segundo relato de um morador de Misurata. Os blindados contam com apoio de francoatiradores. Por causa do grande número de civis na região dos alvos - eles estariam sendo usados como escudo humano por Kadafi - aviões britânicos suspenderam os bombardeios.
A China alertou sobre um "desastre humanitário" na Líbia e expressou "profunda preocupação" com relatos de baixas civis nesta terça-feira, renovando pedidos pelo fim dos combates no país do norte da África, como o que foi feito pelo Itamaraty .
- Atiradores de elite estão participando da operação também. Um carro civil foi destruído, matando quatro crianças dentro, a mais velha tinha 13 anos -afirmou uma testemunha.
De acordo com testemunhas citadas por agências de notícias, blindados do regime abriram fogo contra civis que saíram às ruas na tentativa de impedir o seu avanço em Misurata, a terceira maior cidade da Líbia. Estima-se que a operação tenha matado ao menos 40 pessoas e deixado outras 200 feridas.
- Quando as forças de Kadafi detiveram as ações militares, as pessoas saíram às ruas para protestar e os militares começaram a disparar com armas pesadas - disse um porta-voz do movimento rebelde.
Divergências preocupam
A segunda-feira foi marcada por novos ataques da coalizão contra Trípoli e Benghazi indefinições sobre os limites da intervenção militar na Líbia e sobre quem assumirá o comando da operação se e quando os Estados Unidos se retirarem para segundo plano - como é o desejo do presidente Barack Obama.
O dia foi tenso nas Nações Unidas e na Otan, mostrando que as divergências entre os países aliados podem comprometer a operação .
O Conselho de Segurança da ONU se reuniu à tarde, mas a discussão sobre a Líbia, pedida em carta do chanceler líbio, Moussa Koussa, foi adiada. França, Reino Unido e EUA, que lideram a coalizão, ganharam tempo para seguir com o bombardeio pelo menos até quinta-feira, quando o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, levará ao conselho uma avaliação da situação.
A indefinição já ameaça comprometer a participação de alguns países, como Itália e Noruega.
▒▓███ JESUS CRISTO É O MEU SENHOR ███▓▒
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