☼Dilma, este é o PMDB ☼


sex , 27/5/2011
Redação Época
Originários de um mesmo movimento (a luta contra a ditadura), PT e PSDB tomaram rumos diferentes após a democratização do Brasil. Cada um governou por oito anos e agora o PT tem outro mandato pela frente. Em comum, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff têm uma coisa: a condição de refém do PMDB. Maior partido, dono de bancadas imensas no Congresso, o PMDB é necessário a qualquer presidente que não queira deixar o país ingovernável.
Nas eleições de 2010, Marina Silva (PV) propôs um rompimento com este formato de fazer política, ao sugerir que, se eleita presidente, tentaria atrair tanto PT como o PSDB para seu governo, pois era "mais fácil governar sem o fisiologismo de PMDB e DEM". Como uma união entre PT e PSDB parece utópica mesmo a médio prazo, então Dilma, pressionada pelo escândalo envolvendo Antonio Palocci, terá que correr atrás do PMDB.
Como conta o Estadão, o partido colocou um "preço" para defender o ministro. Na fatura estão a nomeação do ruralista-mor Luiz Henrique da Silveira (SC) para relatar o Código Florestal tanto na Comissão de Constituição e Justiça quanto na Comissão de Agricultura do Senado; a nomeação do deputado Mendes Ribeiro (RS) como líder do governo na Câmara e o cumprimento da promessa de ampliação do aeroporto de Vitória (ES). Caso contrário, o governo pode ver uma CPI contra Palocci aprovada no Senado, e com votos do PMDB.
O Globo também traz reportagem sobre o tema e conta que o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), vai dar uma força para Dilma, ao tentar atrair para o governo o chamado G-8 do PMDB, grupo formado "senadores históricos e independentes do partido que ameaça assinar" a CPI contra Palocci.
O vice-presidente Michel Temer entrou em campo para ajudar Dilma. Numa espécie de prévia do almoço da [próxima] quarta-feira, Temer convidou os integrantes do G-8 para um café no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice. Entre os convidados estavam os senadores Jarbas Vasconcelos (PE), Pedro Simon (RS), Waldemir Moka (MS), Luiz Henrique (SC), Cassildo Maldaner (SC), Vital do Rêgo (PB), Eunício Oliveira (CE) e Eduardo Braga (AM).
Segundo o jornal, uma das promessas de Temer é tentar aumentar a influência do G-8 no Senado. Às custas disso, haveria uma redução de poder de José Sarney (AP), Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR). Parece uma missão impossível.

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