A medicina já conseguiu, nos últimos anos, descobrir com grande precisão quais são as causas, os sintomas e os melhores tratamentos para combater a enxaqueca, problema neurológico que afeta 20% das pessoas em algum momento de suas vidas.
Mas pouco se sabe sob as origens genéticas da enxaqueca.
Um instituto de saúde da Grã-Bretanha resolveu ir mais a fundo nessa questão, e acabaram detectando, afinal, o que liga nosso DNA à chance de contrair enxaqueca.
Os pesquisadores descobriram que certa variante de DNA aumenta o risco para pacientes desenvolverem enxaqueca.
Esta variante codifica (ou seja, passa as informações para a produção) uma proteína que regula o glutamato (ou ácido glutâmico), um aminoácido que atua entre os neurônios.
Até aí tudo bem.
O problema, no entanto, a acumulação de glutamato entre as células nervosas pode ser um fator determinante na enxaqueca, já que pode desencadear o início de ataques esporádicos.
Os cientistas descobriram que esta variante de gene, identificada no estudo, também muda a atividade de outros genes, inclusive um previamente ligado a doenças como a epilepsia e esquizofrenia. Portanto, a informação relevante que os pesquisadores descobriram foi: a prevenção do acúmulo de glutamato pode ser a chave para prevenir enxaquecas.
Foram comparados os genes de mais de 50 mil pessoas (incluindo pessoas que sofrem de enxaqueca e as que não têm nenhum tipo de problema dessa natureza) da Finlândia, Alemanha e Holanda – ou seja, países onde não há muitas doenças mais graves que enxaqueca.
O início da enxaqueca geralmente acontece na puberdade. Apesar de ser mais comum entre pessoas com idades entre 35 e 45, ela pode afetar intensamente pessoas mais jovens também. Náuseas e sensibilidade à luz e som são sintomas corriqueiros.
A importância desses estudos está principalmente na prevenção de tais sintomas, já que o gene de uma pessoa pode "prever" se ela tende a ter enxaqueca no futuro. [Live Science]
Nenhum comentário:
Postar um comentário