Apesar de não haver 100% de certeza de que as cinzas que caíram sobre o Rio de Janeiro sejam de origem vulcânica, a animação das imagens de satélite mostra claramente que a pluma de dióxido de enxofre emitida pelo vulcão chileno atingiu e permaneceu sobre o RJ no dia do surgimento das misteriosas cinzas.
A animação mostrada acima é uma reunião de frames captados pelo satélite europeu METEOSAT e foram registradas entre os dias 22 e 24 de dezembro de 2012. Cada frame é uma composição RGB dos dados captados pelos sensores SEVIRI IR8.7, IR10.8 e IR12.0, a bordo do satélite.
O sensoriamento foi feito de modo a detectar cinzas e dióxido de enxofre (SO2) emitidos pelos vulcões com o propósito de auxiliar na divulgação de alertas e avisos para as autoridades aeronáuticas.
A animação é bastante clara e mostra que após a erupção do vulcão Copahue, a pluma sulforosa seguiu em direção ao oceano Atlântico até cerca de 1000 km de distância do Rio Grande do Sul. Em seguida, a pluma se dividiu sobre o oceano e uma pequena parte seguiu em direção à costa do Sudeste, onde posteriormente permaneceu centralizada e estacionada sobre o Rio de Janeiro.
Não se tem certeza se a pluma ácida emitida pelo vulcão foi a causa da queda de cinzas observada sobre o RJ no mesmo dia, mas a concentração de material particulado e dióxido de enxofre provavelmente foram a causa da coloração alaranjada da Lua vista em diversas cidades do Sudeste entre os dias 25 e 26 de dezembro.
Vídeo: Imagens do satélite Meteosat mostram como a nuvem vulcânica chegou até o sudeste brasileiro depois de ser ejetada do vulcão Copahue, localizado entre o Chile e Argentina. Créditos: Meteosat/ash images, Apolo11.com.
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