Cinco mil imagens foram digitalizadas em projeto do Museu de Israel
Réplica de segmento dos Manuscritos do Mar Morto, que possuem mais de 2.000 anos de idade e serão publicados online - Menahem Kahana/AFP
Milhares de manuscritos do Mar Morto, que datam de mais de dois milênios, foram fotografados e disponibilizados para consulta na internet. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Autoridade de Antiguidades israelense e o Google, que no ano passado viabilizou a digitalização de cinco manuscritos.
Cerca de 5.000 imagens desses artefatos bíblicos, considerados uma das descobertas arqueológicas mais importantes do século XX, podem ser visualizadas em uma página especialvinculada ao Museu de Israel, com tradução para o inglês.
Entre os manuscritos figuram fragmentos dos pergaminhos mais antigos do Antigo Testamento descobertos até agora, em particular os Dez Mandamentos, do capítulo 1 do Gênese, até os Salmos e o Livro de Isaías, em sua integralidade, e textos apócrifos.
Os documentos mais antigos remontam ao século III antes de Cristo. O mais recente foi redigido no ano 70, no momento da destruição do segundo Templo judeu por legiões romanas. O lugar onde foram encontrados foi localizado por acaso por um pastor de cabras em 1947, em Qumran, em uma gruta perto do Mar Morto na Cisjordânia.
Tecnologia - As técnicas mais modernas de tratamento da imagem, desenvolvidas principalmente por especialistas da Nasa, foram utilizadas para arquivar e tirar do anonimato o conjunto dos milhares de fragmentos de manuscritos até agora pouco acessíveis ao grande público devido a sua fragilidade. Os procedimentos empregados permitirão também analisar melhor o estado de conservação dos manuscritos.
(Com Agência France-Presse)
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