

Cobertas com penas de cores variadas e vivas, as pequenas
aves têm preço de venda elevado e podem participar de exposições e
concursos

Texto João Mathias
Consultor
Pierre J. Alonso*
Pássaros, em geral, causam fascínio pela variação de cantos
naturalmente afinados que saem de suas pequenas gargantas.
Mas há
também aqueles que enchem os olhos de quem os vê pela exuberância das cores que
tingem suas penas. Desse grupo fazem parte as diversas espécies de saíras, algumas
das quais em extinção por conta da destruição de seu hábitat na natureza, mas
que podem aproveitar a atividade de criação em cativeiro como um meio para
preservar e ampliar a população.
Presente em sua maioria em matas fechadas, da Argentina à América
Central, as aves saíras têm manejo disseminado em países europeus e nos Estados
Unidos. Aqui, ao contrário, é baixo o número de criadores da ave registrado no
Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis, órgão do governo federal responsável pela fiscalização ambiental em
território nacional. Como todo animal silvestre e exótico, as variedades de
saíras podem ser criadas somente com autorização do Ibama.
Contudo, essas belas aves estão despertando um interesse
crescente promovido por seu potencial econômico. Os preços podem variar
bastante de acordo com a espécie, época do ano, disponibilidade, entre outras
condições da saíra no momento da venda. No entanto, de modo geral, os
exemplares têm custo elevado no mercado, com valor a partir de R$ 600 cada. As
aves ornamentais ainda podem participar de exposições e concursos.
A atividade também é atraente pela facilidade em lidar com as
saíras em cativeiro, embora tenha como exigência mínima o bom conhecimento do
criador da espécie a ser manejada. Assim como a maior parte dos pássaros, as
saíras não gostam de frio nem de vento. Dependendo da espécie, elas necessitam
contar com alimento de boa qualidade disponível o tempo todo.
Frugívoras,
as saíras gostam de comer maçã, mamão, laranja, goiaba, caqui, banana e frutas
da época. As aves possuem bico cônico, com comprimento entre 12 e 14
centímetros e peso que oscila de 18 a 26 gramas.
Entre as variedades que existem, há algumas que vivem em bando
ou até em colônias mistas, enquanto outras não aceitam que machos e fêmeas
dividam o mesmo ambiente, seja em uma gaiola ou viveiro. Os casais se juntam
apenas para realizar o acasalamento, mas logo após devem ser separados para
evitar que um machuque o outro. Primavera e verão são as estações quando ocorre
a reprodução das aves.
RAIO X
CUSTO: o preço de cada ave é a partir de R$ 600 CRIAÇÃO MÍNIMA: pode iniciar com um casal, mas para a atividade comercial são recomendados 20 casais de espécies diferentes
RETORNO: após um ano
REPRODUÇÃO: 2 a 3 posturas por ano
MÃOS À OBRA
INÍCIO - para comprar espécies de saíras no comércio varejista, certifique-se de que o estabelecimento possui registro no Ibama, cujo número pode ser verificado na nota fiscal da venda. Procure também por referências de criadores experientes, que podem ser fornecedores ou auxiliar com dicas de locais para a aquisição das aves.
VARIEDADES - as variedades de saíras mais criadas no país são sete-cores (Tangara seledon); bico-fino (Dacnis cayana); sapucaia (Tangara peruviana); preciosa (Tangara preciosa); militar (Tangara cyanocephala); saíra-beija-flor (Cyanerpes cyaneus); saíra-tucano (Chlorophanes spiza); e saíra-princesa (Tangara desmaresti). Elas apresentam ótima reprodução em cativeiro. Mas há também outras espécies, como paraíso (Tangara chilensis); pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa); saí-andorinha (Tersina viridis); cabeça-azul (Tangara cyanicollis); e diamante (Tangara velia); entre outras.
AMBIENTE - pássaros gostam de locais com temperatura amena e sem correntes de ar. As saíras não são diferentes e se adaptam muito bem em viveiros plantados e em gaiolas instaladas em ambientes de clima agradável. Em viveiros plantados - com arbustos ou árvores vivas -, no entanto, há dificuldade para realizar a limpeza, a qual é necessária na criação de aves frugívoras.
GAIOLAS - as medidas indicadas para as gaiolas são de, no mínimo, 1,20 metro x 0,60 metro x 0,60 metro. Elas devem ser de material galvanizado ou de tinta epóxi e contar com uma divisória, pois há algumas espécies cujos machos e fêmeas só ficam juntos na hora do acasalamento.
Duas variedades que apresentam essa característica são a saíra-tucano e a sete-cores. Disponibilize também um ninho tipo taça de 8 centímetros, semelhante ao destinado para a criação de curió. Para a saíra-pintor, o ninho deve ser em formato de caixa, como o usado para periquitos.
CUIDADOS - a água para as saíras beberem deve ser filtrada e renovada diariamente em bebedouros limpos. Como as aves gostam de se banhar, disponibilize à parte uma banheira de plástico com água própria para pássaros, que pode ser adquirida em lojas de produtos agropecuários.
ALIMENTAÇÃO - as saíras devem ser alimentadas em cativeiro com rações específicas encontradas no mercado em diversas marcas. São rações extrusadas (grãos pequenos) e farinhadas à base de frutas. Como são frugívoras, forneça também frutas, principalmente mamão e banana, além de insetos, que são muito importantes para as aves na época da reprodução.
REPRODUÇÃO - com um ano de vida, as saíras já podem iniciar a reprodução. Primavera e verão são as duas estações do ano ideais para a procriação. Em cada temporada, a média é ocorrer de 2 a 3 posturas, que exigem 13 dias de incubação. Os filhotes são separados da mãe aos 35 dias de vida.
*Pierre J. Alonso é zootecnista, tel. (11) 9621-7725, pierre.alonso@uol.com.br
Onde adquirir: Exoticaves, (11) 4026-5137, exoticaves@exoticaves.com.br; Bird's Pet Shop, (21) 2494-6205
Mais informações: A Abrase - Associação Brasileira de Criadores e Comerciantes de Animais Silvestres e Exóticos encaminha dúvidas a especialistas da região,abrase@ism.com.b
Cobertas com penas de cores variadas e vivas, as pequenas
aves têm preço de venda elevado e podem participar de exposições e
concursos

Texto João Mathias
Consultor
Pierre J. Alonso*
Pássaros, em geral, causam fascínio pela variação de cantos
naturalmente afinados que saem de suas pequenas gargantas.
Mas há
também aqueles que enchem os olhos de quem os vê pela exuberância das cores que
tingem suas penas. Desse grupo fazem parte as diversas espécies de saíras, algumas
das quais em extinção por conta da destruição de seu hábitat na natureza, mas
que podem aproveitar a atividade de criação em cativeiro como um meio para
preservar e ampliar a população.
Presente em sua maioria em matas fechadas, da Argentina à América
Central, as aves saíras têm manejo disseminado em países europeus e nos Estados
Unidos. Aqui, ao contrário, é baixo o número de criadores da ave registrado no
Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis, órgão do governo federal responsável pela fiscalização ambiental em
território nacional. Como todo animal silvestre e exótico, as variedades de
saíras podem ser criadas somente com autorização do Ibama.
Contudo, essas belas aves estão despertando um interesse
crescente promovido por seu potencial econômico. Os preços podem variar
bastante de acordo com a espécie, época do ano, disponibilidade, entre outras
condições da saíra no momento da venda. No entanto, de modo geral, os
exemplares têm custo elevado no mercado, com valor a partir de R$ 600 cada. As
aves ornamentais ainda podem participar de exposições e concursos.
A atividade também é atraente pela facilidade em lidar com as
saíras em cativeiro, embora tenha como exigência mínima o bom conhecimento do
criador da espécie a ser manejada. Assim como a maior parte dos pássaros, as
saíras não gostam de frio nem de vento. Dependendo da espécie, elas necessitam
contar com alimento de boa qualidade disponível o tempo todo.
Frugívoras,
as saíras gostam de comer maçã, mamão, laranja, goiaba, caqui, banana e frutas
da época. As aves possuem bico cônico, com comprimento entre 12 e 14
centímetros e peso que oscila de 18 a 26 gramas.
Entre as variedades que existem, há algumas que vivem em bando
ou até em colônias mistas, enquanto outras não aceitam que machos e fêmeas
dividam o mesmo ambiente, seja em uma gaiola ou viveiro. Os casais se juntam
apenas para realizar o acasalamento, mas logo após devem ser separados para
evitar que um machuque o outro. Primavera e verão são as estações quando ocorre
a reprodução das aves.
CUSTO: o preço de cada ave é a partir de R$ 600 CRIAÇÃO MÍNIMA: pode iniciar com um casal, mas para a atividade comercial são recomendados 20 casais de espécies diferentes
RETORNO: após um ano
REPRODUÇÃO: 2 a 3 posturas por ano
MÃOS À OBRA
INÍCIO - para comprar espécies de saíras no comércio varejista, certifique-se de que o estabelecimento possui registro no Ibama, cujo número pode ser verificado na nota fiscal da venda. Procure também por referências de criadores experientes, que podem ser fornecedores ou auxiliar com dicas de locais para a aquisição das aves.
VARIEDADES - as variedades de saíras mais criadas no país são sete-cores (Tangara seledon); bico-fino (Dacnis cayana); sapucaia (Tangara peruviana); preciosa (Tangara preciosa); militar (Tangara cyanocephala); saíra-beija-flor (Cyanerpes cyaneus); saíra-tucano (Chlorophanes spiza); e saíra-princesa (Tangara desmaresti). Elas apresentam ótima reprodução em cativeiro. Mas há também outras espécies, como paraíso (Tangara chilensis); pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa); saí-andorinha (Tersina viridis); cabeça-azul (Tangara cyanicollis); e diamante (Tangara velia); entre outras.
AMBIENTE - pássaros gostam de locais com temperatura amena e sem correntes de ar. As saíras não são diferentes e se adaptam muito bem em viveiros plantados e em gaiolas instaladas em ambientes de clima agradável. Em viveiros plantados - com arbustos ou árvores vivas -, no entanto, há dificuldade para realizar a limpeza, a qual é necessária na criação de aves frugívoras.
GAIOLAS - as medidas indicadas para as gaiolas são de, no mínimo, 1,20 metro x 0,60 metro x 0,60 metro. Elas devem ser de material galvanizado ou de tinta epóxi e contar com uma divisória, pois há algumas espécies cujos machos e fêmeas só ficam juntos na hora do acasalamento.
Duas variedades que apresentam essa característica são a saíra-tucano e a sete-cores. Disponibilize também um ninho tipo taça de 8 centímetros, semelhante ao destinado para a criação de curió. Para a saíra-pintor, o ninho deve ser em formato de caixa, como o usado para periquitos.
CUIDADOS - a água para as saíras beberem deve ser filtrada e renovada diariamente em bebedouros limpos. Como as aves gostam de se banhar, disponibilize à parte uma banheira de plástico com água própria para pássaros, que pode ser adquirida em lojas de produtos agropecuários.
ALIMENTAÇÃO - as saíras devem ser alimentadas em cativeiro com rações específicas encontradas no mercado em diversas marcas. São rações extrusadas (grãos pequenos) e farinhadas à base de frutas. Como são frugívoras, forneça também frutas, principalmente mamão e banana, além de insetos, que são muito importantes para as aves na época da reprodução.
REPRODUÇÃO - com um ano de vida, as saíras já podem iniciar a reprodução. Primavera e verão são as duas estações do ano ideais para a procriação. Em cada temporada, a média é ocorrer de 2 a 3 posturas, que exigem 13 dias de incubação. Os filhotes são separados da mãe aos 35 dias de vida.
*Pierre J. Alonso é zootecnista, tel. (11) 9621-7725, pierre.alonso@uol.com.br
Onde adquirir: Exoticaves, (11) 4026-5137, exoticaves@exoticaves.com.br; Bird's Pet Shop, (21) 2494-6205
Mais informações: A Abrase - Associação Brasileira de Criadores e Comerciantes de Animais Silvestres e Exóticos encaminha dúvidas a especialistas da região,abrase@ism.com.b
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