Modalidade é a que tem o mais caro custo de crédito do Brasil. Alta em relação a janeiro foi de 5,2 pontos porcentuais
Spread
bancário ficou em 28,3 pontos porcentuais em fevereiro(Ernesto Rodrigues/Agência Estado/VEJA)
Uma das mais contratadas, apesar de mais cara
modalidade de crédito, o cheque especial encareceu ainda mais em fevereiro.
Segundo dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira, os juros desse
tipo de financiamento chegaram a 214,2% ao ano em fevereiro, 5,2 pontos
porcentuais acima de janeiro, e a maior taxa em quase dezenove anos.
O
porcentual mais alto até agora era o de abril de 1996, quando bateu 212,2% ao
ano.
Em fevereiro do ano passado a taxa ficou em 156,7%,
ou seja, em doze meses houve um aumento de 57,5 pontos porcentuais (p.p.).
Os
números são de crédito no segmento de recursos livres, que, ao contrário do
direcionado, não têm destino específico, e apenas para pessoas físicas.
No período, o spread bancário ficou em 28,3 pontos
porcentuais também neste segmento, acima dos 27,2 pontos percentuais vistos em
janeiro.
O spread é a diferença entre o custo desembolsado pelos bancos para
captar dinheiro e o custo para quem o toma emprestado.
Outras modalidades
- Mas não foram apenas os juros
do cheque especial que subiram em janeiro.
Segundo a Nota de Política Monetária
do Banco Central (BC), em ambiente de maior aperto monetário para o controle da
inflação, os bancos aumentaram também os juros de crédito pessoal (consignado e
não consignado) de 46,6% para 47% entre janeiro e fevereiro.
O não consignado
saltou de 107,5% para 108,1% no mesmo período.
Em fevereiro, o spread bancário no segmento de
recursos livres (pessoas físicas e jurídicas) passou de 27,2 para 28,3 pontos
porcentuais.
Com a inclusão do segmento direcionado, o spread total ficou em
16,6 pontos porcentuais, superior aos 16 p.p. vistos em janeiro.
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Ainda de acordo com a nota de Política Monetária do
BC, a inadimplência no Brasil permanece em 4,4% em fevereiro, mesmo nível de
janeiro, no segmento de recursos livres.
O BC informou ainda que o estoque total de crédito
no Brasil subiu 0,5% em fevereiro ante janeiro, chegando a 3,026 trilhões de
reais, ou 58,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
Previsão - Para 2015, o BC reduziu nesta a previsão de
alta do crédito no Brasil de 12% para 11%.
O BC manteve em 14% a expectativa de
expansão do estoque de crédito de bancos públicos em 2015.
Para os bancos
privados nacionais, a autoridade monetária projeta expansão de estoque de
crédito de 7%, ante projeção anterior de 9%.
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