O governo do presidente em exercício Michel Temer, do PMDB, já mostra que é diferente do da afastada Dilma Rousseff no quesito permissão para qualquer tipo de manifestações. 

O peemedebista autorizou que a Lei 12.850, que fala de ações contra o terrorismo, possa ser usada em manifestantes. Baseado nisso, a Justiça do estado de Goiás já mandou prender quatro militares doMST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. 

O grupo é conhecido por tentar reverter o processo de impeachment da companheira política de Luiz Inácio Lula da Silva e por chamar Temer de golpista, além é claro, de para fazer isso usar de todos os métodos, digamos, não muito democráticos, como colocar fogos em pneus, fechar rodovias e em algumas situações até promover o quebra-quebra. 
De acordo com uma reportagem do site 'Diário do Poder' publicada nesta quarta-feira, 03, um dos presos foi José Valdir Misnerovicz. 

Ele está no movimento que pede a reforma agrária há pelo menos trinta anos. José foi levado para o Núcleo de Custódia de Segurança Máxima de Aparecida de Goiânia. 

A prisão dele foi registrada logo após Temer assumir o poder, no mês de maio. No dia 12, o Senado decidiu por 55 votos que Dilma deveria ser afastada do próprio cargo. 

O processo que deve levar à sua deposição deve ocorrer até o dia 29 desses mês, como ordenou o Ministro Ricardo Lewandovski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os quatro manifestantes que agora tem o mesmo tratamento de suspeitos de terrorismo foram presos porque ocupação uma propriedade de 22 mil hectares em Goiás. 

Ao todo, mil famílias chegaram a se assentarem no espaço. 

O Movimento quer que na área 6.500 famílias ganhem as terras que chamam de improdutivas da propriedade. 

Essa, segundo o 'Diário do Poder', seria uma das maiores ocupações do grupo dos Sem-Terra. 

A decisão de tipificar o MST como grupo terrorista é algo inédito na legislação brasileira. 

A lei usada existe desde 2013, mas nunca tinha sido utilizada contra manifestações. 

Lembrando que a Olimpíada começa oficialmente na sexta-feira, 05. #Manifestação #Michel Temer