No início da sessão do julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, senadores já estão mais preocupados com a etapa de segunda-feira (29), quando a presidente afastada, Dilma Rousseff, fará sua defesa diretamente no plenário do Senado.
O receio é com o comportamento da advogada
de acusação, Janaína Paschoal, que pode fazer perguntas para a petista.
Pelo
seu estilo inflamado, o temor é que ela faça provocações à presidente afastada,
tumultuando a sessão.
A advogada acompanhará o processo do plenário do Senado.
Ela chegou pontualmente à sessão desta quinta (25).
Um senador aliado de Temer disse que iria
conversar com seus colegas para tentar evitar que Janaína Paschoal seja a
escolhida, entre os advogados de acusação, a fazer questionamentos para Dilma
Rousseff.
Além dela, compõem o grupo os advogados Hélio Bicudo e Miguel Reale
Jr.
O receio era partilhado também pela equipe
de defesa da presidente afastada.
Reservadamente, senadores petistas diziam que
a sessão da próxima segunda-feira pode virar um circo, diante do histórico de
atuações polêmicas da advogada Janaína Paschoal durante as outras etapas do
processo de impeachment.
Durante a análise do processo na Comissão
Especial do Senado, Janaína chegou a bater boca com alguns senadores e fez
discursos fortes, com ataques a Dilma.
Os senadores querem evitar que o processo
seja ridicularizado pela população caso os senadores percam o controle e acabem
se exaltando e a sessão seja comparada ao que aconteceu na Câmara dos
Deputados, quando a abertura do processo foi aprovada.
A sessão do julgamento final começou nesta
quinta com meia hora de atraso, às 9h33.
Hoje, os senadores apresentarão
questionamentos ao processo e depois ouvirão parte das testemunhas.
Primeiro
serão ouvidos as duas indicadas pela acusação e, em seguida, as seis indicadas
pela defesa.
A expectativa é de que essa fase acabe na madrugada de sexta para
sábado.
Na semana que vem, os parlamentares ouvirão
a defesa pessoal de Dilma e a apresentação final dos advogados.
Depois, cada um
dos 81 senadores poderá discursar por 10 minutos.
Só então eles iniciarão a
votação que selará o destino de Dilma. Com informações da Folhapress.
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