O Conselho Nacional de Resistência do Irã (NCRI) está denunciando a prisão de um grupo de 11 pessoas que estavam realizando uma reunião 'não autorizada' em uma casa na cidade de Isfahan, região central do país.
Agentes do Ministério de Segurança e Inteligência invadiram o local armados com pistolas no momento em que era servida a Ceia do Senhor. De acordo com testemunhas, foram confiscadas Bíblias e toda literatura cristã da pequena igreja doméstica.
Não há informações do paradeiro dos cristãos presos, e apenas 10 foram identificados: Amin Ahanin, Mohammad Alyasi, Fatemeh Amini, Edmund Khachaturian, Mohammad Malek Khatai, Mohsen Khoobyari, Arash Qodsi, Hamed Sepidkar, Samaneh Shahbazi-Far e Maryam Zonubi. Não se sabe se a décima primeira pessoa também foi presa. As autoridades iranianas não forneceram nenhuma informação sobre a situação deles.
A casa, que funcionava como uma igreja subterrânea, está fechada. Há o temor que todos os presos possam ser executados. A conversão ao cristianismo é proibida no país e passível da pena de morte.
Diversos relatórios do Secretário-Geral das Nações Unidas, do relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos no Irã e do Departamento de Estado EUA, indicam que a repressão dos cristãos intensificou-se durante a presidência de Hassan Rohani, apesar da pressão de órgãos internacionais.
Em geral, as autoridades fazem acusações de cunho político contra os cristãos, numa associação na tentativa de se justificar os abusos nas cortes internacionais. As denúncias mais comuns incluem "ação contra a segurança nacional", "contato com inimigo estrangeiro ou grupo antiregime" e "conspiração com inimigos estrangeiros".
Maior ação deste ano
A prisão dos 11 cristãos foi a maior do tipo deste ano. Embora a repressão seja comum, geralmente apenas os pastores são presos. A última grande operação anunciada no país foi em 25 de dezembro do ano passado, quando nove cristãos foram presos numa igreja doméstica na cidade de Shiraz, na região sul do país.
Eles estavam reunidos para celebrar o Natal quando policiais invadiram o local, levaram todos os presentes e confiscaram todos os seus itens pessoais. Os horrores a que são submetidos os cristãos presos no Irã ficaram mundialmente conhecidos pelos relatórios do pastor Saeed Abedini, que ficou mais de três anos atrás das grades e só foi liberto pela intervenção do governo dos EUA. Com informações de Iran News
Por Jarbas Aragão - Gospel Prime
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