O primeiro momento de maior tensão no
julgamento do processo deimpeachment, no Senado, contra a presidenta afastada Dilma Rousseff levou o
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, a
suspender a sessão por alguns minutos para tentar restabelecer a ordem.
A
confusão começou quando a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) afirmou que nenhum
senador tem condições morais para julgar o afastamento permanente de Dilma.
“Aqui
não tem ninguém com condições para julgar ninguém.
Qual a moral do Senado para
julgar uma presidente da República?”, disse, visivelmente exaltada.
A
declaração foi interrompida pela manifestação indignada de outros senadores
longe do microfone, entre eles, Ronaldo Caiado (DEM-GO), a quem Gleisi
respondeu acusando: “o senhor é do trabalho escravo”, disse ao microfone.
Gleisi rebatia o senador Magno Malta
(PR- ES), a quem coube colocar o contraponto a uma das questões de ordem
apresentadas por aliados de Dilma que afirmaram que o impeachment é
defendido para blindar o presidente interino, Michel Temer, e alguns
integrantes de seu governo citados em delações da Lava Jato.
Lata e lixo
“É o sujo falando do mal lavado.
É a
lata e o lixo. Não sou do PMDB, não sou do PSDB, que são os inimigos
declarados do processo eleitoral”, disse.
Sobre gravações que estão sendo
reveladas ao longo das investigações, Malta atacou:”Se valesse alguma coisa,
Aloizio Mercadante deveria estar preso”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário