"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;..." Mateus 24:6
Os Exércitos da Índia e Paquistão trocaram neste sábado durante horas
disparos em vários pontos da Linha de Controle (LoC) que serve de fronteira
entre os dois países na disputada região da Caxemira, sem que haja informações
de vítimas e em um momento de especial tensão entre as duas potências
nucleares.
Os disparos, que se
prolongaram de maneira intermitente durante pelo menos quatro horas, começaram
desde os setores indiano de Pallanwala e o paquistanês de Bhimber, informaram
fontes militares e da polícia de ambos países.
O oficial Gurender,
porta-voz da central de polícia no distrito indiano de Akhnoor, ao qual
pertence o setor de Pallanwala, afirmou à Agência Efe que os primeiros disparos
começaram por volta das 4h30 local (20h, em Brasília da sexta-feira).
Gurender acrescentou que não houve
"baixas" por causa do tiroteio e garantiu que ainda não há informação
suficiente para "determinar quem começou a troca de tiros".
O escritório de
comunicação do Exército do Paquistão (ISPR), no entanto, se mostrou mais claro
a respeito e precisou em comunicado que foram os indianos que iniciaram o
tiroteio.
"As tropas
paquistanesas responderam de maneira adequada aos disparos indianos iniciados
sem provocação", afirmou a ISPR.
Embora a troca de
tiros entre a Índia e Paquistão na fronteira sejam frequentes, o incidente de
hoje ocorre depois que na quinta-feira o Exército indiano lançou "ataques
cirúrgicos" em cinco zonas da LoC causando "baixas
significativas" entre os terroristas e "que lhes apoiam",
segundo as autoridades indianas.
A ação deixou pelo
menos dois militares paquistaneses mortos e foi a primeira resposta militar na
zona após o ataque há duas semanas de um grupo de insurgentes supostamente
paquistaneses a uma base indiana na Caxemira que causou a morte de 19 soldados
indianos.
Desde o momento da
traumática partilha do subcontinente indiano com a retirada do Império
Britânico, em 1947, Índia e Paquistão livraram duas guerras e vários conflitos
menores pela região da Caxemira.
01 de outubro de 2016.
Fonte: EFE.
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