Advogados do petista queriam 55 dias para avaliar denúncia. Magistrado deu só cinco
O ex-presidente Lula discursa durante conferência
realizada no Rio de Janeiro (RJ) - 04/10/2016 (Yasuyoshi Chiba/AFP)
O juiz federal Sergio Moro negou nesta quarta-feira
à defesa do ex-presidente extensão do prazo para apresentação da resposta à
denúncia apresentada contra o petista pelo Ministério Público Federal.
Os
advogados de Lula pleiteavam os mesmos 55 dias que o MPF levou para analisar o
inquérito da Polícia Federal que investiga o ex-presidente.
O prazo a que a
defesa tinha direito se esgota hoje, motivo pelo qual o magistrado decidiu
conceder mais cinco dias apenas.
“Não há nenhuma base legal para essa pretensão e o
prazo do MPF para oferecer a denúncia, de quinze dias, após a conclusão do
inquérito, não tem qualquer relação com o prazo para a resposta preliminar,
peça bem menos complexa e que não se presta ao esgotamento das alegações das
partes”, escreveu o magistrado no despacho.
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Em 20 de setembro Moro aceitou a denúncia
do MPF contra Lula pelos crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro no caso envolvendo o tríplex no Guarujá.
Segundo as investigadores da Lava Jato, o
ex-presidente recebeu, apenas no caso relacionado ao tríplex, benesses de 3,7
milhões de reais “oriundas do caixa geral de propinas da OAS com o PT”.
Como
ele é alvo de outras apurações no petrolão, incluindo os nebulosos pagamentos
por palestras, por meio da L.I.L.S. Palestras, Eventos e Participações, as vantagens
indevidas devem ser confirmadas em escala exponencial.
Dos cerca de 55 milhões
de reais que o Instituto Lula e a L.I.L.S. receberam de empresas, mais de 30
milhões de reais foram repassados diretamente por empreiteiras enroladas com o
escândalo na Petrobras.
E mais: Lula, que não foi denunciado por organização
criminosa pela força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, é alvo de uma
investigação sobre o tema em um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

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