“O verdadeiro sinal de inteligência não é o conhecimento, mas a
imaginação”.
Sabe quem falou
isso? Albert Einstein.
Sim, porque criatividade não é importante apenas para
pintores, escritores e artistas no geral.
Seja para criar uma escultura
incrível ou uma teoria sobre o universo, é preciso usar toda a sua imaginação e
aptidão inventiva.
Mas
por que somos tão diferentes no que diz respeito a nossa capacidade de
imaginar? Será que é possível se tornar mais criativo?
A ciência tem
algumas respostas para isso, baseada em três tipos de imaginação distintos e
interligados.
Imaginação criativa
“Imaginação
criativa” é o que normalmente consideramos Criatividade com C maiúsculo. É a
habilidade de compor uma ópera, ou fazer uma inovadora descoberta científica.
Isso é diferente
da criatividade cotidiana, como ter soluções fora do comum para problemas
domésticos, ou fazer à mão coisas que você poderia comprar prontas.
Como ter tal
inspiração criativa, no entanto, é algo muito mais difícil de definir. Os
cientistas sabem que é possível treinarmos criatividade ou induzir um estado de
criatividade, muito embora seja certo que alguns indivíduos têm, por natureza,
uma personalidade mais criativa do que outros.
Pesquisas sugerem
que a imaginação criativa pode ser impulsionada através do nosso ambiente ou
simplesmente através de muito trabalho e esforço.
Por exemplo,
estudos experimentais mostraram que, quando crianças se envolvem com conteúdo
criativo ou veem outros serem altamente criativos, elas se tornam mais
criativas.
Há duas fases para
a imaginação criativa. A primeira é a do “pensamento divergente”, a capacidade
de pensar em uma grande variedade de ideias de alguma forma conectadas a um
problema ou tópico principal. Essa fase tende a ser apoiada pelo pensamento
intuitivo, que é rápido e automático.
A segunda fase é
do “pensamento convergente”, no qual você vai avaliar as ideias de acordo com
sua utilidade para o problema ou tópico principal.
Este processo é apoiado pelo
pensamento analítico, que é lento, deliberado e nos permite selecionar a ideia
certa.
Logo, se você
quiser escrever uma obra-prima, fazer sessões de brainstorming com amigos, ou
fazer um curso de escrita criativa, podem te ajudar a ter ideias; porém, isso
não vai necessariamente te ajudar a selecionar uma boa. Para isso, a pesquisa
sugere que o primeiro requisito é, na verdade, exposição e experiência.
Quanto mais você
pratica algo e aprende sobre o assunto, melhor você ficará em, intuitivamente,
ter boas ideias e selecionar as mais adequadas. Para isso, você vai errar muito
antes.
No caso da obra-prima, significa escrever muito até chegar ao resultado
esperado, mesmo que tenha que descartar incontáveis páginas nesse processo.
O sucesso criativo
é, como tantas outras coisas na vida, sobre esforço. Louis Pasteur uma vez
disse: “A fortuna favorece a mente preparada”. Isso também se aplica à arte,
com Pablo Picasso aconselhando:
“Aprenda as regras como um profissional, para
que você possa quebrá-las como um artista”.
Imaginação
fantástica
Para muitas
pessoas, a capacidade de se tornar completamente absorvido por uma ideia é
fundamental para finalizar um projeto criativo com sucesso.
Para isso, você
precisa de algo que os cientistas chamam de “imaginação fantástica”. Ela
descreve sua tendência de ter fantasias altamente vívidas e realistas, e um
certo de nível de imersão em mundos imaginários.
Em outras
palavras, refere-se a sua capacidade de “sonhar acordado”. E é exatamente por
isso que esse tipo de imaginação pode te distrair de obrigações cotidianas e
parecer uma habilidade não tão desejável de se ter, à primeira vista.
Há até um
lado sombrio – a imaginação fantástica tende a interferir na nossa resposta a
eventos traumáticos, por exemplo, tornando-se uma fuga da realidade.
Mas também existem benefícios.
Crianças que fantasiam (em brincadeiras, ou em leituras de contos de fadas,
para citar algumas formas) têm um aumento da imaginação criativa, da capacidade
narrativa e da tomada de perspectiva.
Para adultos, esse
tipo de imaginação pode ajudar a melhorar a consolidação da memória, a
resolução criativa de problemas e o planejamento.
Esta é também uma
habilidade que você pode praticar. Em crianças, o ideal é participar de jogos
nos quais é preciso “fingir um papel”.
Para adultos, nunca é tarde demais para
começar a brincadeira e o improviso – pesquisadores descobriram que atores
amadores têm uma imaginação fantástica maior que a média.
Imaginação episódica
A “imaginação
episódica” é semelhante à fantástica, mas trabalha com detalhes de memória reais
(episódicos) em vez de imaginários (semânticos) ao visualizar eventos em nossa
mente.
Isso ajuda os
indivíduos a imaginar melhores alternativas ao seu passado e aprender com seus
erros, ou imaginar seu futuro e se preparar para ele.
Pouca pesquisa tem
sido feita nessa área até agora, mas os resultados preliminares indicam que há
vantagens em imaginar detalhes de sua vida.
Ao contrário do que sugerem os
livros de autoajuda, contudo, não é tanto o caso de “imaginar o que você quer e
isso acontecerá”, mas sim de imaginar o processo – e não o resultado – do seu
futuro desejado.
Por exemplo, em um
estudo, alunos que imaginaram tirar boas notas em uma prova apresentaram um
desempenho significativamente pior do que os alunos que imaginaram o processo
para ter boas notas (como se imaginar estudando muito).
Exercite sua criatividade
Todos nós temos
capacidade imaginativa dentro de nós, em graus diferentes. Existem muitas rotas
para aumentar a criatividade, com a prática e a experiência sendo cruciais.
A mensagem que fica, então, é
essa: tente, tente de novo, e não desista! [ScienceAlert]
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