Lula e Sarkozy assinam acordo para construir submarino nuclear brasileiro 06/09/09 - 07h46
Parceria prevê transferência de tecnologia e deve ser concluída em 2021.
Projeto de € 6,6 bilhões faz parte da Estratégia Nacional de Defesa.
Publicado em 26 de jan de 2018
A Justiça francesa investiga a
denúncia de pagamento de suborno pelo bilionário contrato de venda de
submarinos Scorpène para o Brasil, em 2008, no governo Lula. Neste domingo,
toda a imprensa francesa dedicou espaço ao assunto. O acordo de 6,7 bilhões de
euros (equivalentes a R$24,4 bilhões) inclui transferência de tecnologia para o
Brasil. A procuradora-geral da Procuradoria Nacional Financeira (PNF), Eliane
Houlette, esteve há duas semanas no Brasil chefiando uma delegação, da qual
também participou o chefe do Departamento Anticorrupção da Polícia (Oclciff, na
sigla em francês), Thomas de Ricolfis. Fontes oficiais confirmaram a
investigação da PNF e da polícia francesa de “corrupção de funcionários públicos
estrangeiros” no contrato de venda de quatro submarinos de ataque Scorpène,
assinado em 23 de dezembro de 2008, no Brasil, pelos então presidentes da
França, Nicolas Sarkozy, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva Lula. O
Scorpène é um submarino convencional, de última tecnologia, fabricado pelo
estaleiro naval francês DCNS (Direction des Constructions Navales Services) em
cooperação com o espanhol Navantia. Chile e Malásia têm dois desses submarinos.
A Índia adquiriu seis, dos quais três já foram entregues. Um porta-voz da DCNS
disse à agência France Press que a companhia “não tem nada a ver com a Operação
Lava Jato”, acrescentando que a empresa “respeita escrupulosamente, no mundo
todo, as regras do Direito”. No Brasil, a DCNS é parceira da BTP Odebrecht, que
subcontratou por R$3 bilhões, segundo as suspeitas, por recomendação do
ex-presidente Lula. Ambas as empresas estão no centro do megaescândalo de
corrupção de agita o país. Em abril, o presidente da DCNS Brasil, Eric
Berthelot, havia dito que essas investigações “atingiam apenas a própria
Odebrecht”.
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