☺Câmara dos EUA aprova acordo sobre a dívida


Câmara dos EUA aprova acordo sobre a dívida

Atualizado em  2 de agosto, 2011 - 00:08 (Brasília) 03:08 GMT
A democrata Gabrielle Giffords, que se recupera após ser baleada, foi ovacionada por colegas
A Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados) aprovou na noite desta segunda-feira o polêmico acordo sobre a elevação do teto da dívida americana. O projeto para evitar um calote do governo americano ainda aguarda decisão do Senado.
O projeto, que inclui um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões) e uma elevação no teto da dívida na mesma proporção, foi aprovado por 269 votos a favor e 161 contra.

Impasse nos EUA





O plano agora segue para o Senado, que irá discutir e votar o projeto nesta terça-feira, data limite antes que os EUA precisem dar um calote nos credores. A suspensão do pagamento das dívidas pode provocar graves consequências nas bolsas de valores globais, no bolso do contribuinte americano e até no sistema financeiro internacional.
A votação no Senado, que deve ocorrer até as 13h (horário de Brasília) deve oferecer menos resistência do que no cenário desta segunda-feira, já que, diferentemente da Câmara, ele é controlado pelo governo democrata.
Em seguida, o projeto precisa ser assinado pelo presidente Barack Obama para se tornar lei.
'Coragem'
A deputada americana Gabrielle Giffords, que foi baleada durante um evento em janeiro, surpreendeu e compareceu à Câmara para votar.
A democrata, que votou a favor do acordo, foi ovacionada pelos colegas.
Foi sua primeira aparição pública após o ataque, no qual ela foi atingida na cabeça com um tiro à queima-roupa por um atirador durante evento político em Tucson, no Arizona. Seis pessoas morreram e 13 ficaram feridas. O criminoso foi considerado mentalmente incapaz de ir a julgamento.
A líder dos democratas, Nancy Pelosi, disse que Giffords "inspirava o amor e a admiração de todos os americanos" e disse que a deputada era a "personificação da coragem". "O Capitólio está lindo, e eu estou honrada de estar no trabalho esta noite", disse Giffords em sua conta no Twitter.
"Não estou feliz com esse cenário. Esse acordo poderia ter sido alcançado há meses."
Democrata Nancy Pelosi

Divisão
A Casa Branca tem um teto legal para a tomada de empréstimos para o pagamento das contas públicas, como o salário dos militares, os juros de dívidas prévias e o sistema de saúde Medicare. O limite atual é de US$ 14,3 trilhões (R$ 22,3 trilhões).
Em linhas gerais, os republicanos se opõem ao aumento de impostos e pedem um corte dramático nos gastos do governo. Os democratas, por sua vez, defendem taxação de fortunas e a blindagem de programas sociais voltados a idosos e mais pobres dos cortes propostos.

O acordo fechado pela liderança dos dois partidos no fim de semana, no entanto, não agradou a praticamente ninguém. Antes da votação, a democrata Nancy Pelosi disse que "respeitava completamente a hesitação" daqueles que não queriam votar a favor do pacote.
Após a votação, Pelosi criticou a demora para se obter um consenso: "Não estou feliz com esse cenário. Esse acordo poderia ter sido alcançado há meses."
"Às vezes parece que nossos dois lados não concordam em quase nada", disse o líder da maioria, o senador Harry Reid. "Mas no final, pessoas razoáveis foram capazes de concordar em uma coisa: os Estados Unidos não poderiam arriscar o calote nas nossas dívidas, dando margem a um colapso financeiro no país e a uma recessão no restante do mundo"
'Catastrófico'
 Presidente e líder da oposição disseram que acordo não é ideal, mas o apoiam
Para o secretário do Tesouro dos EUA, Thimoty Geitner, a não aprovação do pacote daria origem a um cenário "catastrófico". O presidente Barack Obama alertou que o país pode voltar à recessão.
Em seu discurso no domingo, Obama disse que o acordo "não é o que eu preferia", alegando que queria fazer cortes por intermédio de uma comissão bipartidária, mas agradeceu os congressistas por terem chegado a um meio-termo.
O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, que ao longo dos últimos meses de negociação travou duros embates com Obama, disse que "este não é o melhor acordo do mundo. Mas mostra o quanto mudamos os termos do debate" em Washington.

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