19/03/2013
História em Imagens
Em 27 de janeiro de 2011, 15 dias depois das chuvas que devastaram a Região Serrana do Rio, a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral convocaram uma entrevista coletiva para informar que tudo seria diferente no verão seguinte. “Posto que os empresários estão colocando duas mil casas para atender a emergência”, desandou a gerente de país, “nós fizemos um cálculo e estamos colocando mais seis mil casas para as famílias da Região Serrana para atender a emergência, fora, obviamente, do conjunto do Minha Casa, Minha Vida, que aqui para a região do Rio de Janeiro é bem mais do que isso”.
Sempre em dilmês de palanque, a chefe de governo seguiu em frente: “Então, para esse momento de emergência, nós acrescentamos seis mil casas, moradias, que assuma a forma ou de casa ou de apartamento para que essa população que perdeu o seu lar, que perdeu o seu lugar de morar, tenha acesso o mais rápido possível ao seu lar”. Neste 19 de março, 781 dias depois da tragédia de 2011 e dois dias depois datragédia de 2013, não foi entregue uma única casa, uma só residência, um escasso apartamento, qualquer coisa que se assemelhe a um lar. Nada.
Sem que nenhuma tenha saído do papel, as 6 mil casas agora viraram 4.702 moradias ─ nem mais, nem menos. Também os prazos foram reajustados. As primeiras unidades, garantem os numerólogos oficiais, começarão a ser entregues no segundo trimestre deste ano. Ainda que a promessa se materialize, o número de casas é insuficiente para abrigar as 7.479 famílias que atualmente recebem o aluguel social(entre R$ 400 e R$ 500 reais). O relatório da Comissão de Acompanhamento da Recuperação da Região Serrana do Rio de Janeiro, produzido pela Assembleia Legislativa e publicado em dezembro de 2012, informa que o pagamento do benefício consome 3,6 milhões de reais por mês.
Somado o que se gastou desde 12 de janeiro de 2011, o montante ultrapassou a casa dos 86,4 milhões de reais. Esse dinheiro é suficiente para a construção de mais de 1.515 casas populares.
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