PARECIA PROMISSOR - Eike, Lula e o lobista Pires Neto deixam o Açu no jato do empresário: ali, eles selaram o plano para tomar das mãos dos capixabas o estaleiro Jurong
ATENÇÃO POLICIA FEDERAL , MINISTERIO PÚBLICO.
ATENÇÃO POLICIA FEDERAL , MINISTERIO PÚBLICO.
'VEJA' REVELA QUE LULA, O LOBISTA, AJUDOU EIKE A TENTAR PREJUDICAR O ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.
Após o jornal Folha de S.Paulo revelar que Lula viaja a países da África e da América Latina a serviço de empreiteiras para defender seus interesses naqueles países, a revista Veja que circula neste final de semana denunciou que o ex-presidente e ao menos ...dois ministros do governo Dilma fizeram lobby para socorrer o empresário Eike Batista.
O objetivo de Lula era fazer a gigante Jurong Shipyard, de Singapura, desistir de construir um estaleiro no Espírito Santo e o mudar para a região o porto do Açu, onde a LLX, que pertence ao empresário, constrói um complexo de logística naval. O plano teria sido arquitetado por Lula, Eike, e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), segundo relata Veja, em reportagem de Malu Gaspar e Daniel Pereira. Depois de um encontro entre eles, os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento Industrial) e Guido Mantega (Fazenda) pressionaram os singapurianos para mudar seu investimento de meio bilhão de reais do Espírito Santo para o Rio de Janeiro.
A articulação envolveu também o embaixador do Brasil em Singapura, Luís Fernando Serra, segundo a revista. O estaleiro já estava com 15% de suas obras feitas. O lobby de Lula acabou não dando certo, até pela reação do governador capixaba, Renato Casagrande (PSB), que cobrou explicações do governo federal, e do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que denunciou o caso. (CLÁUDIO HUMBERTO)
Vejo o Cabral defendendo o interesse do seu estado, e o Eike defendendo o interesse do seu negócio. Até aqui tudo bem. O que não é legal, é usarem para isso o “lobista” Lula, que na realidade não faz “lobby” mas tráfico de influência, aproveitando-se do enorme prestígio que tem na esfera governamental, para embolsar um polpuda comissão. É mais deprimente ainda ver ministros e embaixadores envolvidos no assunto, tudo com a devida conivência da Dilma. Ética ou pudor, nem por onde passou!
Fortuna de Eike se derrete - É dramática a situação de Eike Batista, que chegou a ser apontado como o homem mais rico do Brasil e o sétimo do mundo: nos últimos 12 meses, suas empresas perderam R$ 53 bilhões de valor de mercado e, na sexta (22), os papéis da LLX (logística) caíram 11%, os da OGX (petróleo), 9% e as ações da MMX (mineração) perderam 8%. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo neste sábado, o banqueiro André Esteves (BTG Pactual), que se associou ao empresário, afirmou ser "natural" que Batista, controlador das suas empresas com até 70% de participação, fique com apenas 20% ou 30%.
Neste sábado, em seu twitter, Eike Batista falou mal da revista Veja, disse que se sentiu honrado com a visita de Lula ao Porto do Açu, mas não comentou a operação de lobby que tentou passar a perna no Estado do Espírito Santo. (CLÁUDIO HUMBERTO)
Nestas circunstâncias, pode-se imaginar quão polpuda seria a comissão que Eike pagaria ao Lulalobista, se o negócio desse certo. Até quando vamos conviver com esse tipo de coisa?
BRASILIA-DF-BRASIL
Política
Lula fez lobby para ajudar Eike Batista - e quase deu certo
A presidente Dilma e dois de seus ministros tentaram ajudar o empresário a tirar do Espírito Santo um investimento estrangeiro de 500 milhões de reais e transferi-lo ao Porto do Açu. Só faltou combinar com os capixabas.
g (Carlos Grevi/ Agência Ururau/ Agência O Globo)
A foto acima, tirada em 24 de janeiro, mostra o ex-presidente Lula logo depois de uma visita às obras do Porto de Açu, empreendimento de Eike Batista no litoral norte fluminense. Era o ato final de um encontro de negócios para lá de promissor.
Reportagem publicada em VEJA desta semana detalha a operação desencadeada por Lula para ajudar o amigo empresário a desatolar os investimentos no Açu. O ex-presidente se comportou como lobista. Graças a ele, Eike conseguiu audiência com a presidente Dilma Rousseff, que prometeu ajudá-lo a encontrar parceiros para o porto.
Ele ainda viu dois ministros se engajarem pessoalmente em sua causa (acionando, inclusive, a estrutura do Itamaraty). Guido Mantega, da Fazenda, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, trabalharam para convencer a Jurong Shipyard, uma das grandes companhias de construção naval do mundo, controlada pelo governo de Singapura, a transferir para o Porto do Açu o estaleiro de 500 milhões de reais que está construindo no Espírito Santo. Só faltou combinar com os capixabas, que não gostaram nada da ideia de ficar a ver navios.
Para ler a continuação dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no IBA, no tablet ou nas bancas.
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