Os bancos de São Paulo voltarão a funcionar a partir de segunda-feira (Brunno Covello/Gazeta do Povo/Futura Press)
Financeiro
Reajuste será de 8%. Categoria recusou proposta no Rio Grande do Sul
Os trabalhadores do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e dos bancos privados decidiram, em assembleia nesta tarde de sexta-feira, encerrar a greve nos estados de São Paulo, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, Alagoas e Rio de Janeiro. A decisão foi tomada após a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propor reajuste de 8% dos salários, com ganho real de 1,82%. Os pisos iniciais dos bancários receberão uma correção de 8,5%. Nesse caso, descontada a inflação, a reposição chega a 2,29%.
Na Bahia e no Ceará, o acordo foi selado apenas com bancos privados. Os trabalhadores da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil continuarão em greve.
Com a decisão, os bancos voltarão a funcionar a partir de segunda-feira. Nos demais estados, contudo, ainda serão feitas assembleias na segunda-feira para decidir o tema. Os bancários estavam em greve há 23 dias. No Rio Grande do Sul, a categoria recusou a proposta de reajuste em assembleia e decidiram seguir com a greve.
Na quinta-feira, um acordo quase foi fechado entre as partes, mas o pedido da Fenaban de compensar os dias parados durante a greve em 180 dias travou a conversa. A categoria não aceitou inicialmete a proposta e a reunião foi paralisada por quase dez horas. Durante a madrugada desta sexta-feira, as partes voltaram a se reunir e acertaram o compromisso sobre a compensação dos dias parados. O acordo está sendo votado em assembleias nos sindicatos.
A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, comemorou a aprovação da proposta feita pelos bancos. "O aumento real de 1,82% é maior do que a média dos aumentos reais dos bancários desde 2004. Em 10 anos iremos acumular 18,33% de ganho real nos salários e 38,7% nos pisos", disse.
(com Estadão Conteúdo)
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