O Compasso do Mundo
Há 300 anos, a elite política e cultural do Ocidente se reúne em salões fechados para participar de rituais cheios de códigos misteriosos. Saiba o que é a maçonaria, como ela surgiu e de que forma influenciou grandes acontecimentos históricos
por Tiago Cordeiro
O
primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington, era maçom. Depois
dele, outros 16 líderes da nação mais poderosa do mundo também foram: a lista
inclui John Edgar Hoover, diretor do FBI por 45 anos, e Harry Truman, o homem
que autorizou o ataque com bombas atômicas sobre o Japão. Também fizeram parte
da sociedade secreta dois políticos decisivos para a vitória aliada na Segunda
Guerra Mundial, o presidente americano Franklin Delano Roosevelt e o
primeiro-ministro britânico Winston Churchill.
Eram
maçons alguns dos mais importantes líderes da Revolução Francesa, como
Jean-Paul Marat e La Fayette. O revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi e os
libertadores da América espanhola, o argentino José de San Martín e o
venezuelano Simon Bolívar, também.
O
articulador da independência do Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva,
pertencia à ordem, assim como o duque de Caxias e nosso primeiro presidente
republicano, marechal Deodoro da Fonseca.
Por
tudo isso, não é exagero afirmar que o mundo em que vivemos foi definido por
essa sociedade secreta, que há 300 anos reúne a elite política e militar (e
cultural) do Ocidente em rituais cheios de códigos misteriosos.
Mas
o que é maçonaria? Existem várias versões para a criação da organização. A mais
confiável remete à Idade Média, quando o controle do comércio era feito pelas
guildas, corporações de ofício que reuniam artesãos do mesmo ramo e funcionavam
como um antepassado dos sindicatos. Um dos grupos mais poderosos era o dos
pedreiros (em inglês, masons).
Responsáveis pela engenharia e pela construção
de castelos e catedrais, eles tinham acesso aos reis e ao clero e circulavam
livremente entre os feudos.
Apelidados
de free masons (pedreiros livres), se reuniam nos canteiros de obras e trocavam
segredos da profissão. Para se identificarem em locais públicos e evitarem o
vazamento de suas conversas, criaram um sistema de gestos e códigos.
Durante o
Renascimento, os pedreiros livres ficaram na moda. Seus encontros passaram a
acontecer em salões, chamados de lojas, que geralmente ficavam sobre bares e
tavernas das grandes cidades, onde a conversa continuava depois. Intelectuais e
membros da nobreza engrossaram a turma. Por influência deles, os debates
passaram a abranger religião e filosofia.
Em
24 de junho de 1717, numa reunião das quatro maiores lojas de Londres (então o
maior centro maçom europeu), na taverna The Goose and Gridiron nasceu uma federação,
a Grande Loja de Londres. Era o início oficial da maçonaria.
CRIANDO A MARSELHESA
Em
apenas três décadas, a organização já tinha se espalhado por toda a Europa
ocidental e havia alcançado a Índia, a China e a América do Norte. Passou a ser
conhecida, respeitada, mas, principalmente, temida. Não era para menos.
Ficava
difícil confiar em um grupo de homens ricos e poderosos, de diferentes áreas,
que se reuniam a portas fechadas, usavam símbolos esquisitos (veja explicações
ao longo da reportagem) e faziam juramentos de fidelidade à tal organização e
ainda voto de silêncio.
Também
não ajudou muito o tanto de lendas que surgiu sobre a origem da maçonaria (em
1805, o historiador francês Charles Bernardin pesquisou 39 diferentes). Tinha
para todos os gostos: alguns integrantes da ordem diziam que Noé era maçom,
outros transformaram o rei Salomão ou os antigos egípcios em fundadores.
Nem
os templários escaparam (leia na pág. 33). A Igreja Católica se incomodou tanto
que, em 1738, divulgou uma bula papal atacando a ordem, que décadas depois foi
perseguida pela Inquisição.
Além
do sigilo, o que perturbava era a atitude sempre à frente de seu tempo. Setenta
anos antes da Revolução Francesa, esses homens cultos e influentes já defendiam
a liberdade, a igualdade e a fraternidade. Tratavam-se sem distinção e
aceitavam todos os credos religiosos, uma atitude tremendamente avançada para a
época.
Os
ateus, porém, eram barrados. “Não formamos uma religião, mas somos um grupo de
pessoas religiosas. Nosso lema é fazer os homens bons ficarem melhores”, diz o
maçom paulistano Cassiano Rampazzo, advogado de 35 anos. Com ele concorda a
historiadora mineira Françoise Jean de Oliveira, co-autora do livro O Poder da
Maçonaria.
“A
maçonaria não é religião, não tem dogmas. É um grupo que defende a liberdade de
consciência e o progresso.” Isso não quer dizer que cada participante possa
agir como bem entende. “Ao entrar na ordem, o membro é instruído sobre a ‘moral
universal’, um conjunto de virtudes obrigatórias, como bondade, lealdade,
honra, honestidade, amizade, tranqüilidade e obediência”, diz Françoise.
A
falta de preconceito se restringia a diferenças políticas e religiosas. A
fraternidade vetava analfabetos, deficientes e homens que não se sustentavam.
As mulheres até hoje não são bem-vindas (com exceção da França). Além disso, no
passado como no presente, só entra na ordem quem for convidado e passar por uma
avaliação rigorosa: nada de gente indiscreta, protagonistas de escândalos,
bêbados, brigões e adúlteros notórios.
Ainda
assim, para os aprovados, a maçonaria foi a primeira entidade a funcionar de
acordo com os preceitos da democracia moderna. “Eles estimulavam debates
abertos, em que todos podiam participar, além das eleições livres e diretas.
Nada
disso estava na moda no século 18. E, muito por influência dos próprios maçons,
tornou-se corriqueiro no século 21”, afirma o historiador alemão Jan Snoek,
professor da Universidade de Heidelberg e especialista no assunto.
Assim,
nada mais natural que os líderes da Revolução Francesa de 1789 aderissem à
maçonaria. Nos anos que antecederam a queda do Antigo Regime, os adeptos se
multiplicaram. A influência foi tanta que uma canção composta e cantada na loja
de Marselha foi batizada de A Marselhesa e transformada no hino do país.
“Nem
todos os ideólogos da revolução foram maçons. Marat e La Fayette eram,
Robespierre e Danton, não. Mas, entre os inimigos da monarquia, mesmo quem não
participava da ordem tinha sido influenciado por suas idéias”, afirma o
historiador americano W. Kirk MacNulty, maçom há mais de 40 anos.
NO DÓLAR AMERICANO
Além
de divulgar idéias que atraíam a elite progressista de seu tempo, a maçonaria
era também um espaço propício à conspiração política. Ao ingressar na ordem, os
integrantes prometiam (e até hoje prometem) não divulgar seus segredos e nem
mesmo revelar a nenhum profano (como são chamados os não-iniciados) o que é
dito nas reuniões.
“As
lojas maçônicas eram o lugar ideal para membros da elite de diferentes
pensamentos políticos se encontrarem”, diz o pesquisador Jesus Hortal, reitor
da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Além disso, quanto mais
a maçonaria era acusada de ser um local de conspiração política, mais ela era
procurada por conspiradores.
A
proteção das lojas ajudou a garantir o sucesso de um dos movimentos históricos
mais influenciados pela organização: a independência americana, episódio que
muitos historiadores chamam de “revolução maçônica”.
Benjamin
Franklin, um dos grandes responsáveis pela criação dos Estados Unidos da
América, era grão-mestre (o líder máximo na hierarquia) na Filadélfia e
responsável pela publicação no país do livro Constituições, escrito pelo
britânico James Anderson em 1723 e considerado a declaração de princípios da
entidade.
O
líder dos rebeldes, George Washington, e o principal autor da Declaração de
Independência, Thomas Jefferson, também eram membros ativos, assim como um
terço dos 39 homens que aprovaram a primeira Constituição do país. Os três
usaram seus contatos com as maçonarias de outras nações, em especial da
Inglaterra, para garantir o sucesso da rebelião.
Há
quem diga que a nota de 1 dólar, com seu olho solitário, é inteiramente marcada
por símbolos maçons – o olho, por exemplo, simbolizaria Deus (leia sobre os
símbolos no decorrer da reportagem), coisa que os autores da cédula nunca
confirmaram. Reza a lenda que George Washington teria vestido um avental da
ordem durante a inauguração da capital, em 16 de julho de 1790, batizada em sua
homenagem.
Ele
ainda teria orientado os engenheiros a encher a cidade de símbolos secretos da
entidade. Por exemplo: algumas pessoas identificam o desenho de um compasso
unindo a cúpula do Capitólio, a Casa Branca e o Memorial Thomas Jefferson.
IDEIAS PELO MUNDO
No
século 19, a maçonaria deu outras provas de sua capacidade de mudar a história.
Por volta de 1810, um grupo de defensores da unificação italiana se reuniu com
o nome de Carbonária. Inspirado nas estratégias e na hierarquia maçons, a
sociedade secreta, que continuou atuante até 1848, tentava estimular uma
rebelião espontânea dos trabalhadores, que implantariam os ideais liberais.
Dois
dos maiores heróis da construção da Itália unificada participaram desse grupo e
depois foram aceitos pela maçonaria. Um deles, Giuseppe Mazzini (1805-1872),
acabou rompendo com os maçons por acreditar que a ordem mais debatia que agia.
Outro, Giuseppe Garibaldi (1807-1882), seria mais tarde condecorado o primeiro
maçom do novo país.
Depois
de participar de um levante malsucedido em Gênova, Garibaldi fugiu para o Rio
de Janeiro em 1835. Encontrou um grupo de carbonários exilados que mantinha
contatos com a maçonaria brasileira. Através deles conheceu o maçom Bento
Gonçalves, o líder da Revolução Farroupilha.
Em
1840, Garibaldi instalou-se no Uruguai, onde se tornou oficialmente
participante da sociedade secreta. Quando morreu, em seu país, deu nome a lojas
no Uruguai, Brasil, França, Estados Unidos, Inglaterra e Itália. Nas décadas
seguintes, os democratas italianos de esquerda, cujos integrantes cerrariam
fileiras na maçonaria, se destacaram pela defesa do sufrágio universal, da
educação gratuita de qualidade e da independência do Estado com relação à
Igreja.
É
fácil entender como Garibaldi se tornou maçom na América do Sul. Desde o começo
do século 19, a ordem cresceu a ponto de ser fundamental para a independência
dos países da região. Nos países de língua espanhola, um dos precursores do
pensamento pela soberania foi o venezuelano Francisco de Miranda (1750-1816),
que, depois de participar da Revolução Francesa, foi iniciado na maçonaria por
George Washington.
Miranda
fundou uma loja em Londres, batizada de Gran Reunión Americana. Ali, atuou na
formação de três libertadores da América: o chileno Bernardo O’Higgins
(1778-1842), o venezuelano Simon Bolívar (1783-1830) e o argentino José de San
Martín (1778-1850). Eles freqüentavam a mesma loja, Latauro, com sede em Cádiz,
Espanha, e filiais latino-americanas. Seus membros se denominavam “cavaleiros
da razão” e previam a independência, o fim da escravidão e a proclamação de
repúblicas.
Estima-se
que a iniciação de Bolívar tenha ocorrido na Europa, entre 1803 e 1806. San
Martín, adepto desde 1808, fundou lojas no Chile, no Peru e na Argentina (que
já abrigava casas maçônicas desde 1775). O’Higgins freqüentava a de Mendoza.
RUMOS NO BRASIL
A
fraternidade existia em nosso país desde o início do século 19 e contava com
confrades de altos cargos da colônia. Entre os maçons decisivos para a
separação de Portugal estava José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838).
A
idéia de conceder o título “Defensor Perpétuo e Imperador do Brasil” ao
príncipe herdeiro da coroa portuguesa surgiu na própria Latauro, mesmo lugar
que organizou as primeiras festas de rua pela independência, no Rio, em 12 de
outubro de 1822.
O
envio de emissários às grandes províncias brasileiras para articulação da
Independência foi organizado pelo Grande Oriente do Brasil, a federação
maçônica nacional fundada em 17 de junho do mesmo ano, de onde José Bonifácio
foi grão-mestre. Em 2 de agosto de 1822, o próprio dom Pedro I entrou para a
entidade, sob o codinome Pedro Guatimozim, uma homenagem ao último rei asteca.
Apenas três dias depois de iniciado, ele já tinha sido alçado a mestre.
Mais
dois meses e já era o grão-mestre do país. Passados apenas 17 dias da promoção,
Pedro, já imperador, abandonou a fraternidade e proibiu suas atividades no
Brasil. A melhor explicação dos especialistas para a atitude é a insatisfação
do monarca com uma entidade onde a hierarquia era submetida a regras e podia
ser questionada.
Em
1831, de volta legalmente à ativa, após a renúncia de dom Pedro e seu retorno a
Portugal, a maçonaria brasileira se multiplicou. Em 1861, a ordem se mobilizou
em apoio ao movimento abolicionista. No Ceará, lojas se reuniram para comprar e
libertar escravos. Eusébio de Queiroz (1812-1868), que batizou a lei que
proibia o tráfico de escravos, era maçom.
O
visconde do Rio Branco (1819-1880), abolicionista e chefe de Gabinete
Ministerial entre 1871 e 1875, foi grão-mestre. Quando a Lei Áurea foi assinada
pela princesa Isabel (1846-1921), em 1888, o presidente do Conselho de
Ministros era o grão-mestre João Alfredo Correa de Oliveira (1835-1919).
Das
lojas também veio o apoio à mudança no regime de governo. Em 1889, a República
foi proclamada pelo confrade marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), que
formou um ministério só com maçons. Dos 12 chefes de Estado até 1930, oito eram
maçons; dos 17 governadores de São Paulo durante a República Velha, 13
pertenciam à ordem.
CAÇA ÀS BRUXAS
A
partir de 1930, com a ascensão de Getúlio Vargas (1882-1954) ao poder, a
maçonaria brasileira passou a ser estigmatizada. Os delírios do integralista
Gustavo Barroso (1888-1959), de que a entidade unira-se ao judaísmo para
controlar a humanidade, faziam sucesso. O mesmo surto ocorreu em outros países.
Na
União Soviética, Leon Trótski (1879-1940) denunciou um suposto complô
maçom-judaico para dominar o planeta. Adolf Hitler (1889-1945), que dizia que a
maçonaria era uma arma dos judeus, mandou fechar todas as lojas alemãs, prendeu
líderes e, em 1937, organizou a Exposição Antimaçônica. Aberta em Munique pelo
ministro da propaganda, Joseph Goebbels, a mostra reunia peças de lojas
invadidas.
Na
Espanha, em 1940, o general Francisco Franco (1892-1975) proibiu a existência
dos grupos e condenou seus membros a seis anos de prisão.
Nem
só a perseguição fez organização perder poder. “A maçonaria não se adaptou aos
novos tempos”, diz Françoise Souza. “Ela foi poderosa enquanto era um local
único de reunião de pessoas.
Com
a consolidação da sociedade civil, surgiram outros espaços associativos, como
partidos, sindicatos e organizações não-governamentais. Além disso, causas
clássicas da maçonaria, como a liberdade religiosa, viraram direitos.” Mas
ainda existem locais onde a segurança e a valorização da liberdade de expressão
são fundamentais.
É
o caso de Israel. “Em Jerusalém, as lojas reúnem cristãos, judeus e muçulmanos,
que conversam abertamente, trocam experiências e sabem que podem confiar uns
nos outros”, afirma o historiador Jan Snoek. Em lugares assim a maçonaria
continua, como era em suas origens, uma organização inovadora.
RÉGUA E COMPASSO
Os
principais símbolos da maçonaria
Compasso
Representa
a racionalidade científica. Por desenhar círculos perfeitos, também simboliza a
busca pela perfeição moral
Esquadro
Instrumento
que lembra a capacidade transformadora do homem sobre a natureza. Seu ângulo
reto é uma indicação para os homens de que eles devem ser honestos
Letra
G
Vem
de God, “Deus” em inglês. Os integrantes da fraternidade também o chamam de
GAU, sigla para “Grande Arquiteto do Universo”
Olho
Geralmente
representado dentro de um triângulo, tem o mesmo significado da letra G. É
Deus, que tudo vê
Triângulo
Refere-se
ao lema “liberdade, igualdade e fraternidade”, às virtudes “fé, esperança e
caridade”, e a “nascimento, vida e morte”. Por isso, os maçons também fazem
três pontos em suas assinaturas
Martelo
Pequeno,
simboliza o trabalho dos pedreiros que inspiraram a fraternidade, e também a
força material que muda o mundo. É usado pelo grão-mestre durante as cerimônias
Sol/Lua
Como
o chão de mosaico preto e branco (veja no rodapé da reportagem), usado nas
lojas, simboliza a dualidade entre bem e mal, espírito e corpo, luz e trevas
IRMÃOS MAÇONS
Personalidades
que fizeram parte da ordem
Voltaire
(1694-1778)
O
filósofo iluminista atacava a monarquia francesa e defendia princípios maçons.
Acabou sendo iniciado em uma loja de Paris em abril de 1778, só dois meses
antes de morrer. Voltaire, que tinha 83 anos, entrou no local apoiado no braço
do americano Benjamin Franklin.
Goethe
(1749-1832)
O
escritor e poeta alemão foi aceito em uma loja de Weimar em 1780. Escreveu
vários poemas em homenagem à maçonaria. Os mais famosos são A Loja Maçônica e
Symbolum (composto quando seu único filho, Auguste, foi iniciado).
Mozart
(1756-1791)
O
compositor austríaco entrou para a ordem em Viena, aos 28 anos. Compôs várias
peças para serem executadas durante cerimônias maçônicas. Sua última ópera, A
Flauta Mágica, tem tantas referências à ordem que Mozart foi acusado de revelar
segredos maçons.
Gustave
Eiffel (1832-1923)
Além
de projetar a Torre Eiffel, em Paris, o engenheiro francês desenhou a Estátua
da Liberdade, enviada como presente de comemoração dos 100 anos da
independência americana . O projeto foi executado em parceria com o escultor
Frederick Bartholdi (1834-1904), que também era maçom.
Charles
Lindberg (1902-1974)
O
aviador foi aceito por uma loja de Saint Louis em 1926. No ano seguinte,
tornou-se o primeiro homem a fazer um vôo solitário transatlântico sem escalas.
Durante a viagem, ele teria levado consigo um distintivo com os símbolos da
régua e do compasso.
“Buzz”
Aldrin (1930)
O
segundo homem a pisar na Lua em 1969, após Neil Armstrong, pertence a uma loja
maçônica no Texas. Queria ter levado um anel maçom de seu avô para a Lua, mas o
perdeu antes da viagem. Mas ninguém sabe se ele teria mesmo levado uma bandeira
com símbolos da ordem para lá.
LENDAS PARA TODOS OS GOSTOS
Os
mais famosos personagens e povos que teriam fundado a sociedade
Adão
Alguns
integrantes da ordem defendem que Deus foi o primeiro maçom – afinal (como um
bom “pedreiro”) ele construiu o mundo inteiro em seis dias. Para outros, esse
cargo cabe a Adão. Ao ser expulso do paraíso, ele teve de encontrar uma forma
de construir abrigo. Seus ensinamentos teriam sido levados adiante por seu
filho Caim.
Noé
De
acordo com a Bíblia, depois de construir um barco e escapar do grande dilúvio
com um casal de cada espécie animal, Noé precisou começar tudo do zero. Para
alguns maçons, isso faz dele um pioneiro na arte da construção – logo, um
fundador da maçonaria.
Egípcios
Só
mesmo grandes engenheiros seriam capazes de construir as pirâmides do Egito
antigo. Por isso, não falta quem diga que entre os egípcios também estavam os
primeiros maçons. Por essa versão, eles teriam criado ritos ocultos, os mesmos
que teriam usado na construção da Grande Pirâmide de Quéops.
Hiram
Abiff
Segundo
a Bíblia, o rei Salomão teria contratado um outro rei, chamado Hiram Abiff,
para ser o engenheiro-chefe de seu templo. De acordo com a maçonaria, Hiram foi
morto por funcionários que queriam roubar os segredos de Salomão. Assim, Hiram
acabou virando um mártir e também um exemplo de discrição.
Pitágoras
Além
de fundador da Matemática como disciplina de estudos, o grego fundou a escola
pitagórica, que tratava seus seguidores como uma irmandade sem superiores e
seguia rígidos princípios religiosos e de comportamento. Assim, não é difícil
entender a ligação que fizeram entre ele e a maçonaria.
Templários
Os
sobreviventes da poderosa ordem, destruída em 1312 a mando do papa Clemente V,
teriam continuado a se reunir em segredo até voltar a público em 1717, na forma
da maçonaria. Algumas palavras em código dos maçons seriam inspiradas nas
senhas usadas pelos templários.
SAIBA MAIS:
LIVROS
A
Maçonaria – Símbolos, Segredos, Significado, W. Kirk MacNulty, Martins
Fontes, 2007
Conta
a história da organização com textos curtos e didáticos e reúne imagens de
símbolos e cerimônias.
Arquivos
Secretos do Vaticano e a Franco-Maçonaria, José Ferrer Benimeli, Madras, 2007
O
historiador espanhol descreve em detalhes os processos movidos pela Inquisição
contra membros da maçonaria.
O
Poder da Maçonaria, Françoise Jean de Oliveira e Marco Morel, Nova Fronteira,
2008
Os
pesquisadores contam a trajetória da ordem no Brasil, do fim do século 18 até
os dias atuais.
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