Até agora, 83.200 benefícios foram distribuídos — objetivo até setembro é chegar a 101.000
Presidente Dilma Rousseff e o Ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante durante o lançamento da segunda etapa do programa Ciência sem Fronteiras (Valter Campanato/Agência Brasil)
A presidente Dilma Rousseff lançou no início da noite desta quarta-feira a segunda etapa do programa Ciência sem Fronteiras, que oferece bolsas de estudos de graduação, mestrado e doutorado no exterior. Para a segunda etapa, Dilma prometeu mais 100.000 bolsas, que serão ofertadas para estudantes das áreas de engenharias, saúde e tecnologias.
De acordo com a presidente, até o momento foram concedidas 83.200 bolsas na primeira etapa do programa, que começou em 2011. A promessa é que o governo atinja a marca de 101.000 bolsas prometidas inicialmente até setembro. Para isso, Dilma frisou a importância do setor privado, que na etapa inicial havia se comprometido a financiar 26.000 bolsas. "Já assinamos termos com institutos de pesquisa, mas quero falar, mais uma vez, da importância do investimento privado, que é essencial para aumentar o número de matrículas de brasileiros em cursos no exterior."
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A manobra delicada do Ciência sem Fronteiras
França, Reino Unido e Canadá serão os principais destinos da nova etapa do programa. Na primeira fase, esses países receberam, juntos, 27% do total de intercambistas. Ao todo, 40 países participam do programa. Dos cerca de 12.000 universitários que estão fora do país atualmente, 2.343 estão em Portugal. O país deixou de aparecer nos editais lançados a partir de abril de 2013, por não estimular o aprendizado de um novo idioma.
Para garantir que os próximos bolsistas não percam cursos em universidades estrangeiras por dificuldades relacionadas à língua estrangeira, como aconteceu recentemente com 110 estudantes que tiveram que voltar ao país por não terem aprendido inglês, o Ministério da Educação (MEC) anunciou em abril que vai aplicar 430.000 testes de certificação em inglês para alunos, professores e funcionários das universidades federais.
"O Ciência sem Fronteiras contribuiu para identificar certas demandas do ensino superior brasileiro. A aquisição de um novo idioma é a primeira delas. Também identificamos a necessidade de dar mais ênfase na formação prática dos universitários, demanda que tem sido apresentada pelos estudantes que já retonaram das viagens", disse o ministro da Educação Henrique Paim durante o lançamento da segunda fase do programa.
Para participar, além de ser estudante de graduação, mestrado ou doutorado de um dos cursos contemplados pelo programa, é necessário ter cumprido no mínimo 20% e, no máximo, 90% do currículo previsto para o curso no Brasil e ter obtido nota igual ou superior a 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
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