A Nasa ressuscitou uma tecnologia das décadas de 1940 e 50 para tentar deixar os dispositivos atuais mais eficientes. É o tubo de vácuo (a válvula termiônica), que equipava os primeiros computadores - como o ENIAC - e que mais tarde foi substituído pelo transistor de estado sólido.
Feito de silício com uma tecnologia chamada CMOS, o transistor atual entrou em cena para alívio da indústria, porque o tubo de vácuo era instável, grande e consumia muita energia. Basta lembrar que uma máquina como o ENIAC pesava quase 30 toneladas e consumia mais energia que uma cidade de porte pequeno. E, se o tubo esquentasse demais, o computador quebrava.
Só que o próprio transistor de silício já alcançou seus limites, então a Nasa, por meio do centro de pesquisas Ames, resolveu se voltar a isso. O pequeno dispositivo foi potente o suficiente para substituir os tubos originais, mas não para enfrentar a evolução tecnológica que o mundo atravessa, porque ele só opera em velocidades pouco acima de alguns gigahertz.
A Nasa trouxe de volta o tubo de vácuo, mas um que opera em escala nanométrica, fabricado a partir de técnicas convencionais de CMOS. Essa versão nova pode até dispensar o vácuo e usar hélio para funcionar - embora isso também traga de volta os fatores instabilidade e disponibilidade.
Os resultados obtidos até agora são positivos: o novo transistor conseguiu operar a 460 GHz, um desempenho 10 vezes melhor que o do que é feito de silício. A Nasa espera que ele possa ser usado sensores microeletromecânicos, por exemplo, como os giroscópios e os acelerômetros.
Como a novidade pode ser fabricada usando técnicas atuais, em tese ela já pode ser produzida em escala para ser usada pela indústria, e é o que a Nasa tentará fazer: sair do ambiente laboratorial, totalmente controlado, e partir para a construção de várias peças num único chip.
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