A armação da CPI da Petrobras, revelada por VEJA no sábado, teve capítulos passados dentro do Congresso Nacional.
Agora se sabe que os figurões da companhia receberam de antemão as perguntas feitas pelos senadores e, mais assustador, o gabarito dos questionamentos.
José Eduardo Dutra foi coletá-las pessoalmente.
Dias antes da instalação da CPI, em maio, Dutra esteve no Senado, onde se reuniu com assessores do PT, do PMDB e da liderança do governo no Congresso.
Além da turma de técnicos do Legislativo, estava presente Paulo Argenta, assessor Especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, e autor de parte das perguntas que chegaram às mãos dos que deveriam ser os alvos da colegiado.
A pauta, obviamente: a investigação que se iniciaria.
Na ocasião, a portas fechadas, os assessores foram instados a sugerir questionamentos que deveriam ser feitos às figuras que, cedo ou tarde, teriam que prestar depoimento. Assim o fizeram.
Ali começou a se desenhar o teatro. O resto do roteiro, agora, já é mais do que sabido.
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