Por Dr. Alexandre Feldman
Vídeo com Filtro UV Faz Muitos Fugirem do Sol
O vídeo abaixo provoca terror infundado contra o Sol, e esse terror não nos beneficia, mas beneficia unicamente a indústria de bloqueador solar.
As manchas escuras e claras, refletidas pela pele e reveladas pela lente com filtro ultravioleta, denotam simplesmente que a pele não possui reflectância homogênea à luz ultravioleta.
Em outras palavras, a cor da pele clara normal simplesmente não é homogênea, se for analisada por uma lente ultravioleta.
A relação entre o fluxo de radiação ultravioleta que incide e é absorvido pela pele e se vê como a parte preta, e o fluxo de radiação que é refletido e se vê como a parte branca da pele neste vídeo, não é prova de envelhecimento ou lesão provocada pelo sol, mas comprova apenas que a reflectância da pele à luz ultravioleta não é homogênea.
A transpiração invisível, o suor, sebo e outras secreções naturais, sabonete, produtos de limpeza, maquiagem e cosméticos do dia-a-dia, perfumes, presença normal de microorganismos na pele, fibras microscópicas que descamam do tecido da roupa e param sobre a pele e uma série de outros fatores QUE NÃO o envelhecimento ou lesões da pele, são perfeitamente capazes de explicar as variações de incidência de ultravioleta deste video.
Outra coisa que pode perfeitamente explicar o pontilhado de sardas até então invisíveis que aparecem no vídeo é a interação NORMAL e INVISÍVEL da pele com o sol.
“Todos nascemos com pele perfeita”, diz o vídeo, mostrando a pele de um bebê. Com o tempo e a exposição ao sol, é apenas natural que a pele reaja.
Afinal, nós somos sistemas biológicos que interagem, e portanto reagem, aos estímulos ambientais. O sol é um desses estímulos, e a pigmentação é uma dessas reações.
As células da pele estão perfeitamente equipadas para interagir com o ambiente natural ao redor.
E o sol SEMPRE fez parte da natureza. Aliás, não é exagero dizer que o Sol é o principal elemento da natureza, sem o qual nem a própria natureza como nós a conhecemos, nem muito menos nós mesmos, existiríamos ou sequer seríamos viáveis.
É só olhar para a natureza e ver que a pele delicada do organismo recém nascido vai se adaptando ao meio em que vive.
A mensagem do vídeo é muito clara: se não usar filtro solar com “fator de proteção” o mais alto possível, sua pele vai ficar horrível.
Tanto que no final do vídeo, os personagens se enchem de filtro solar e a câmera com filtro ultravioleta mostra uma pele homogênea, sem as sardas ou manchas.
Com o filtro solar e o filtro ultravioleta, a pele aparece toda preta e lisa. Isso se explica pelo fato que o bloqueador solar que foi espalhado uniformemente na pele bloqueia uniformemente os raios ultravioleta, mas esse resultado é totalmente artificial – artificialmente provocado pela adição do bloqueador solar.
E colocado no contexto do filme, o bloqueador solar cria um efeito artificial de pele saudável e homogênea. Lembre-se também que, no momento da filmagem esse “protetor” foi fecentemente espalhado, e o vídeo não mostra o que acontece após algum tempo pela ação do suro, poeira, fiapos de roupas, passar a mão no rosto e até de alguém te dar um beijo – enfim, a exposição à VIDA.
A pele do ser humano sempre interagiu com o sol ao longo de bilhões de anos, e evoluiu com essa constante interação até os dias de hoje.
Conforme envelhecemos, tudo em nós se adapta e se altera com relação a quando éramos bebês – inclusive, e tanto mais, a pele que nos envolve.
Mas é para isso que a pele serve. Não existe uma pessoa sequer, nesse mundo, que não faz rugas na pele conforme o tempo passa.
Ou cuja pigmentação da pele branca não faça reações absolutamente normais e naturais com o sol, o vento, a umidade, a secura, o stress, os alimentos, enfim o incrível mundo ao redor.
Considerar o reflexo normal da incidência da luz ultravioleta na pele através do filtro da câmera como sinal de feiura ou doença, à luz dessa informação, é o cúmulo da neurose.
Muito mais que simplesmente chegar junto ao espelho e ficar olhando minuciosamente, com lente de aumento, para todas as rugas e pintas diminutas e quase invisíveis da cor de café-com-leite das quais nunca tinha se apercebido e poderá encontrar ao exame neuroticamente e inutilmente minucioso.
Tudo isso é sinal da passagem do tempo, mas definitivamente não é sinal de feiura nem velhice precoce.
A não ser em indivíduos mal alimentados (nutrientes como antioxidantes presentes nos alimentos protegem a pele adequadamente) e expostos a condições extremas por anos e anos, que aí sim, poderão ter alterações indesejáveis.
Para piorar ainda mais a situação, é importante lembrar que se criou uma neurose para todo mundo querer ter pele de capa de revista.
Mas todo mundo esquece que essa pele não existe, e que aquilo que se vê na capa da revista, é resultado de uma profunda maquiagem, recursos de iluminação profissional, competência do fotógrafo, e editores de imagem poderosos no computador, como o famoso e polêmico photoshop.
Essa neurose extrema pode fazer o indivíduo parar de pensar e decidir se encher de “protetor solar” todos os dias, sem pensar que esses cremes são repletos de substâncias químicas que, além de bloquearem a abosrção de vitamina D proveniente da exposição ao sol e que dá saúde e protege contra doenças (e que, como resultado, deixa a pele bonita), são absorvidas pela pele e podem causar câncer, envelhecimento precoce da pele e uma série de outras intoxicações e lesões.
Você que acompanha todos os noticiários pode estar pensando:
“Mas o sol de hoje não é o mesmo que há 500 anos atrás, pois a camada de ozônio está diminuindo e os raios do sol estão cada vez mais fortes”.
Mais uma vez, vale o bom senso: eu não falei em nenhum momento que você precisa ficar esturricando no sol o dia inteiro. Mas também não vai ser esse creminho que vai te proteger dessa tragédia ambiental.
O que te protege, e protege o mundo, é se conscientizar de que a destruição dessa camada de ozônio, provocada pela poluição desenfreada e inconsequente, precisa parar.
E isso só pode ser feito com medidas muito maiores, muito mais grandiosas (e que começam com o voto consciente em nossos representantes) que aquelas que a indústria – que aliás é a responsável por toda essa tragédia com o ozônio – quer nos passar: que basta você usar “protetor solar” para se proteger.
E dane-se o resto.
Como se a destruição da camada de ozônio fosse apenas um grande, e inevitável, azar.
O que você prefere ficar exposto: ao Sol, sem exageros, com o qual a raça humana sempre conviveu e se beneficiou, ou à química sintética do “protetor solar” que não ocorre em nenhum lugar na natureza mas vem de uma indústria química, que nos aterroriza constantemente com campanhas que nos fazem comprar seus produtos como se fossem verdadeiros salvadores da pele e da vida?
Não tomar sol sem bloqueador solar (mas sem se queimar, obviamente) é no mínimo garantir níveis insuficientes de vitamina D, e assim ganhar predisposição a uma série de doenças como depressão, humor ruim, desequilíbrios hormonais e até câncer. Inclusive de pele. Use o conhecimento, e não o terror, como seu guia.
Na hora de tomar sol, o bom senso é seu melhor protetor solar. Após assistir o vídeo abaixo, é importante que você leia também este meu outro artigo, intitulado
Nenhum comentário:
Postar um comentário