14/09/2015
Colômbia denuncia nova violação de seu espaço aéreo pela Venezuela, crise de fronteiras podem piorar
Bueno informou que o avião venezuelano que entrou no domingo à noite em Vichada era "de alto rendimento, pela elevada velocidade aferida pelos radares", mas não especificou o modelo da aeronave.
De acordo com o oficial, o avião venezuelano voou “10 km dentro do
território da Colômbia” e mais tarde fez “uma mudança de 350 graus para
deixar novamente o espaço aéreo nacional”.
Dois aviões militares venezuelanos invadiram ilegalmente a Colômbia
na zona de Alta Guajira no sábado, de acordo com o ministério da Defesa
colombiano, o que levou o presidente Juan Manuel Santos a anunciar a
apresentação nesta segunda-feira de um protesto formal ante a Venezuela.
O oficial informou que embora exista um acordo bilateral de
cooperação para informar sobre este tipo de incidentes, “nenhuma
solicitação ou comunicação foi recebida” neste sentido, “que, sem
nenhuma dúvida, teria recebido a respectiva autorização”.
“Não existe evidência alguma de suposta violação do espaço aéreo do
país vizinho, para além de uma invenção para frustrar a reunião
presidencial”, escreveu a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, em sua
conta do Twitter.
“Acompanhamos com preocupação a sistemática tendência do governo
colombiano de inventar incidentes que não existem a fim de afetar as
relações”, acrescentou.
Este incidente ocorreu um dia após Rodríguez e sua colega colombiana,
María Angela Holguín, se reunirem em Quito para criar as condições de
um encontro entre Santos e Maduro, a pedido da Comunidade de Estados
Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União de Nações
Sul-Americanas (Unasul), mas o encontro terminou sem um anúncio a
respeito da data desta reunião.
A crise entre Colômbia e Venezuela explodiu em 20 de agosto, quando
Maduro ordenou o fechamento de amplos setores da fronteira binacional e
declarou o estado de exceção em vários municípios.
Após o fechamento das
passagens limítrofes, as autoridades venezuelanas deportaram 1.482
colombianos ilegais, cujas residências, em alguns casos, foram
demolidas.
Outros 20.000 colombianos retornaram ao seu país por medo, segundo dados das Nações Unidas.
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