Lula pede para ir ao banheiro. Sem saber o que responder ao
procurador da Lava Jato, Lula pediu para ir ao banheiro.
“No ápice do
interrogatório, o procurador Athayde Ribeiro Costa aplicou em Lula algo muito
parecido com um xeque-mate: ‘No caso do tríplex, o senhor alegava que as obras
de melhorias do apartamento não foram para o senhor sob o argumento de que o
senhor nem ia lá.
Agora, o senhor constantemente estava no sítio, mantinha lá
bens pessoais de toda ordem e os empresários alegam que a obra era para o
senhor. Eu gostaria do senhor qual é a explicação que o senhor tem para isso,
senhor ex-presidente’.
Lula tentou desconversar. Seu advogado, Cristiano Zanin,
interveio. Houve um princípio de barraco. O réu cavou um intervalo
providencial. Pediu para ir ao banheiro.
Ao retornar, Lula ouviu o procurador
repetir a mesma pergunta. A flacidez da resposta potencializou a impressão de
que o presidiário petista estava mesmo indefeso: ‘Ah, meu Deus do céu, sem eu
pedir. Você não acha muito engraçado alguém fazer uma obra que eu não pedi?’
O
procurador esclareceu que a condenação independe de um pedido formal para a
realização das obras bancadas com verbas de má origem: ‘O senhor pode alegar
que não pediu. Mas o crime de corrupção tem a modalidade receber.'”
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