HISTÓRIA DOS CALENDÁRIOS JULIANO e GREGORIANO.

 

Conheça a história do calendário gregoriano, que vigora atualmente na maior parte do mundo.

Instrumento de marcação da passagem do tempo, o calendário sofreu várias alterações ao longo de sua história

Você já deve ter se perguntado sobre a origem do calendário que utilizamos no mundo ocidental. 

Dessa forma, qual seria realmente sua origem? Como ele era calculado? 

Abaixo segue uma pequena história do calendário gregoriano, que é utilizado hoje em dia na maior parte do mundo.

O calendário gregoriano surgiu em virtude de uma modificação no calendário juliano, realizada em 1582, para ajustar o ano civil, o do calendário, ao ano solar, decorrente do movimento de elipse realizado pela Terra em torno do Sol. 

Antes de Júlio César (100 a.C. – 44 a.C.), o calendário que vigorava em Roma era dividido em 355 dias e 12 meses, o que causava um grande desajustamento ao longo do tempo, pois as estações do ano passavam a ocorrer em datas diferentes. 

Quando se tornou ditador da República romana, Júlio César resolveu reformar o calendário para adequá-lo novamente ao tempo natural.

Para isso, foi necessário criar, em 46 a.C., um ano com 15 meses e 455 dias para compensar a defasagem, este ano ficou conhecido como o “ano da confusão”. 

A reforma de Júlio César instituiu o ano depois de 45 a.C. com 365 dias e seis horas, divididos em 12 meses, o que conseguiu resolver o problema durante um tempo. 

As seis horas que sobravam de cada ano seriam compensadas a cada quatro anos com a inclusão de mais um dia em fevereiro, os dias bissextos.

No entanto, ainda persistiu a defasagem entre o ano do calendário e o ano natural, sendo que durante a Idade Média foram várias as tentativas de resolvê-la. 

O Concílio de Trento, realizado em 1545, decidiu pelas alterações no calendário da Igreja, cabendo a Gregório XIII instituir o novo calendário, que passaria a se chamar calendário gregoriano em sua homenagem. 

Para adequar a data da Páscoa com o equinócio de primavera no Hemisfério Norte, o papa Gregório XIII ordenou que o dia seguinte a 4 de outubro de 1582 passasse a ser o dia 15 de outubro. 

Um salto de 11 dias! Para diminuir a defasagem, os dias bissextos não ocorreriam nos anos centenários (terminados em 00), a não ser que fossem divisíveis de forma exata por 400.

A maior parte do mundo católico aceitou a mudança, mas foram vários os países que rejeitaram a alteração, fazendo com que mais de um calendário existisse no mundo cristão. 

Os últimos países a adotarem o calendário gregoriano na Europa foram a Grécia, em 1923, e a Turquia, em 1926.


Por Tales Pinto
Graduado em História


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