Com informações da New Scientist - 26/05/2014
Trinta e um astronautas têm as horas no espaço que teriam gasto em uma viagem de ida e volta a Marte.
Esta é apenas uma das revelações interessantes de uma plotagem de dados dos 52 anos de história da humanidade no espaço.
Para fazer a compilação, Gilles Clément e Angelia Bukley, da Universidade Espacial Internacional, na França, usaram informações publicamente disponíveis liberadas pelos programas espaciais dos EUA, Rússia e China.
Entre 12 de abril de 1961, quando Yuri Gagarin deu uma única volta ao redor da Terra a bordo da Vostok- 1, e dezembro de 2013, eles contaram os seres humanos que foram ao espaço, o tempo que eles passaram lá e quem eles eram.
Nós escolhemos os seis resultados mais interessantes, e então os colocamos em contexto, comparando-os com outras informações.
1. Astronautas são tão comuns quanto cientistas que ganharam o prêmio Nobel
Até 31 de dezembro de 2013, 539 pessoas haviam ido para o espaço, definido como chegar a uma altitude de 100 quilômetros ou mais. São cerca de 10 por ano, mais ou menos equivalente às 566 pessoas que já ganharam um prêmio Nobel em Física, Química e Fisiologia ou Medicina.
A análise de Clément e Bukley não incluiu os dois "astronautas comerciais" que pilotaram a SpaceShipOne em 2004, que ficaram no espaço por apenas alguns minutos.
2. Viagens espaciais duram dias, meses... mas raramente anos
A órbita única de Gagarin durou apenas 108 minutos. Clément e Bukley constataram que, de um total de 1.211 voos individuais - definidos como um único membro na tripulação a voar em uma missão - a maioria durou menos de um mês.
Mas uma minoria significativa durou cinco ou seis meses, o que representa estadias a bordo da Estação Espacial Internacional.
3. Muitos astronautas passaram mais de um ano no espaço
Embora nenhuma viagem tenha sido mais longa do que a de Valeri Polyakov, com 437 dias a bordo da estação espacial soviética Mir, se você contar o tempo total no espaço ao longo de uma vida, os números são bastante diferentes.
4. Trinta e um astronautas podiam ter ido e voltado de Marte
Uma das observações mais interessantes do levantamento é que 31 viajantes permaneceram mais de um ano no espaço, o suficiente para fazer uma viagem de ida e volta a Marte - embora o tempo de viagem exato dependa das posições relativas da Terra e do Planeta Vermelho.
5. Como muitas aventuras, o espaço é sexista
No ano passado, uma fundação privada anunciou planos para enviar um homem e uma mulher em uma viagem de 501 dias até Marte, orbitar o planeta e voltar - para "representar toda a humanidade".
Até agora, os voos espaciais têm ficado muito longe de representar a humanidade quando se trata de gênero.
6. Viagens espaciais não são tão perigosas como se poderia esperar
Clément e Bukley também analisaram os riscos das viagens espaciais.
Contando a perda de dois ônibus espaciais e duas cápsulas Soyuz, a dupla calculou que a chance de morrer em uma missão espacial é de 1,5%, significativamente menor do que o percentual de pessoas que morrem tentando chegar ao cume do Monte Everest.
Bibliografia:
Human space exploration - From surviving to performing
Gilles Clément, Angelia P. Bukley
Acta Astronautica
Vol.: 100, Pages 101-106
DOI: 10.1016/j.actaastro.2014.04.002
Human space exploration - From surviving to performing
Gilles Clément, Angelia P. Bukley
Acta Astronautica
Vol.: 100, Pages 101-106
DOI: 10.1016/j.actaastro.2014.04.002
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