PARA MIM O COAF FOI OMISSO E NEGLIGENTES, POIS QUALQUER CIDADÃO QUE FAÇA UMA MOVIMENTAÇÃO BANCARIA DE ALTO VALOR OU ESTRANHA SEM A DEVIDA EXPLICAÇÃO DA ORIGEM DO RECURSO, O SETOR FINANCEIRO DEVE COMUNICAR AO COAF. PORTANTO O COAF DETECTOU MOVIMENTAÇÃO DE 51,9 BILHÕES E FICOU CALADINHO... PORQUE?
Coaf detectou R$ 51,9
bilhões em operações suspeitas da Lava Jato
Presidente do órgão depôs nesta terça-feira à CPI
da Petrobras e se queixou da falta de estrutura
O presidente do Conselho de Controle
de Atividades Financeiras, Antonio Gustavo, na CPI da Petrobras(Luis Macedo/Câmara
dos Deputados)
O presidente do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo
Rodrigues, disse nesta terça-feira à CPI da Petrobras que o órgão detectou
movimentações suspeitas em torno de 51,9 bilhões de reais no esquema da Lava
Jato.
Ao todo, o Coaf analisou movimentações de 27.500 pessoas e emitiu 267
relatórios aos órgãos de investigação.
O valor financeiro, disse ele, é uma
aproximação, dada a complexidade das transações analisadas.
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Apesar de
personagens como os doleiros Alberto Youssef e Nelma Kodama terem movimentado
milhões de reais por mais de uma década, o presidente do Coaf negou que o órgão
tenha falhado: de acordo com ele, as investigações da Lava Jato começaram
justamente depois de o sistema financeiro ter apontado operações atípicas e
comunicado o Coaf.
Rodrigues também se
queixou da pequena estrutura de que dispõe para fiscalizar bilhões de operações
financeiras anualmente.
O órgão tem apenas nove analistas, em um total de 45
funcionários.
"O problema é o que estamos falando de nove analistas.
Uma
pessoa, para o Coaf, é 10% dos analistas", disse ele.
Para o presidente, o
ideal seria uma estrutura com o dobro do tamanho, "para começar".
Ele afirmou que o
Coaf atua em consonância com os parâmetros internacionais e, embora tenha uma
estrutura menor do que a ideal, consegue cumprir sua tarefa com eficácia.
O
problema, diz ele, vem na etapa seguinte: "A gente tem uma cultura que tem
uma dificuldade enorme em punir.
A gente não pude ninguém". O presidente
do Coaf afirmou que Youssef era "famoso" e já havia sido investigado
pelo órgão, assim como outros personagens do escândalo.
Para ele, o trabalho do
conselho é "enxugar gelo".
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