Ao anunciar mais um aumento da taxa básica de juros, o Banco Central dará um novo (e grande) passo na escalada para aprofundar a recessão, o desemprego e a miséria que se espalha pelo Brasil.
Todos sabem que os juros altos inibem o consumo, reduzem a produção, diminuem a arrecadação de impostos e jogam o País numa trajetória difícil de ser revertida em poucos anos.
Os únicos que ganham com isso são os banqueiros, que cobram taxas absurdas de juros e faturam milhões sem produzir um único grão de arroz.
A justificativa do governo é que precisa segurar o consumo para reduzir a taxa de inflação.
Só que a inflação está explodindo porque não houve estímulo para que aumentasse a oferta de produtos básicos.
Como é que um agricultor vai pegar um empréstimo para aumentar sua produção com uma taxa de juros dessas?
O mesmo pode ser dito de um fabricante de roupas ou eletrodomésticos.
O fato é que, desde que foi reeleita, Dilma Rousseff vem tomando medidas que, a cada dia, levam a redução da atividade econômica e ao desemprego.
Ao mesmo tempo, cortou o seguro-desemprego e as pensões por morte.
E quer reduzir a desoneração da folha de salários de alguns setores produtivos.
Nada de taxar os grandes lucros dos banqueiros.
Nada de obrigá-los a cobrar juros menores.
A tudo isso junta-se o escândalo de corrupção que assola a maior empresa nacional, a Petrobras.
Obras de construção de refinarias, plataformas e outros investimentos foram suspensos e milhares de trabalhadores estão sendo demitidos.
O Brasil tem uma enorme carência de obras de infraestrutura, como em estradas, ferrovias, portos, aeroportos, moradia, energia elétrica e saneamento, que poderiam alavancar uma retomada econômica.
Mas não. O governo Dilma assiste a tudo de forma catatônica, como se estivesse sem condições de reagir.
Está deixando a bola de neve rolar ladeira abaixo até se transformar em uma avalanche que vai sufocar o Brasil.
Por isso, ela precisa ser tirada o quanto antes do poder.
E é para isso que nós, do Solidariedade, vamos trabalhar a partir deste segundo semestre.
(*) Paulo Pereira da Silva é presidente nacional do Solidariedade e deputado federal (SP)
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