Por Redação Yahoo! Brasil | Yahoo Notícias – sex, 3 de jul de 2015
Igor Gilly é um
jovem orgulhoso por ter se infiltrado na comitiva da presidente Dilma Rousseff
nos EUA e ter xingado a presidente de “pilantra” e “vagabunda”.
O fato ocorreu
na última quarta-feira (1) e foi contado com detalhes por ele em sua conta no
Facebook e em vídeo que ele mesmo produziu (assista abaixo).
O jovem estava acompanhado de dois amigos, que ele mesmo nomeia como Maria Rita e Lucas. Para atingir seu “feito”, o jovem precisou driblar a segurança da presidente, que acreditou que ele e seu amigo eram parte da comitiva.
O jovem estava acompanhado de dois amigos, que ele mesmo nomeia como Maria Rita e Lucas. Para atingir seu “feito”, o jovem precisou driblar a segurança da presidente, que acreditou que ele e seu amigo eram parte da comitiva.
Os
xingamentos aconteceram durante passagem de Dilma pela Universidade de Stanford.
“Ela [Dilma] chegou, entrou na portinha, eu estava lá sentado com o Lucas do lado. Quando o segurança viu a gente pegando o celular e a câmera, já começou a desconfiar. Só que já era tarde demais.
“Ela [Dilma] chegou, entrou na portinha, eu estava lá sentado com o Lucas do lado. Quando o segurança viu a gente pegando o celular e a câmera, já começou a desconfiar. Só que já era tarde demais.
Ela entrou e a gente começou a falar,
falar, falar.
Aí é que está, pegou o pessoal todo de surpresa. Todo mundo
jurava que éramos da comitiva. Do nada a gente 'sua pilantra, vagabunda', o
pessoal ficou espantado. Um guarda pegou o Lucas.
Eu segui atrás dela
xingando.”, conta ele.
O jovem mostra, após os xingamentos, que não irá parar de seguir a presidente.
O jovem mostra, após os xingamentos, que não irá parar de seguir a presidente.
Para
ele, a atitude “foi só o começo” e ele pretende “continuar a luta como um bom
patriota faz”. Gilly, porém, não fala em nenhum momento como e quais serão seus
próximos passos.
Assista ao vídeo da infiltração e, na sequência, leia o depoimento completo do jovem:
Assista ao vídeo da infiltração e, na sequência, leia o depoimento completo do jovem:
"Foi uma honra ter falado tudo que estava travado na garganta
de tanto brasileiro na cara dela. Mas é claro, tem muitas pessoas que estavam
me perguntando como tudo aconteceu, como que consegui me inflitrar na comitiva,
que não foi fácil.
Primeiro que eu já estava tentando pegar ela desde o dia anterior,
no hotel, desde quando ela chegou, se hospedou no hotel mais luxuoso de São
Francisco, pago com nosso dinheiro, claro. Chegando lá, me passei por repórter
para tentar buscar informação.
O pessoal começou a falar que ela ia passar ali
na frente, ia dar entrevista para todo mundo. Fiquei pensando comigo: 'é hoje
que ela vai ouvir umas verdades'.
Só que aí, o que tinha acontecido? Eu e mais um pessoal, Maria
Rita, Marcos, mais um outro pessoal daqui que está sempre envolvido em
política, tinham combinado de ir para lá e combinamos de não levantar suspeita.
Mas mesmo assim, a coisa lá no hotel ficou tão lotada de repórter, de gente,
que os agentes que estavam lá - tinha gente para todo lado - começaram a
desconfiar e coletar informação.
Quando desconfiaram que ia ter protesto, que
ia ter panelaço - a Maria, por exemplo, estava com o cabo da panela na bolsa
dela aparecendo, dava para ver... A Maria se hospedou no hotel para tentar
pegar a Dilma.
Quando foi umas 22h30 o povo: 'a Dilma está
chegando, a Dilma está chegando' e
daí do nada passaram uns 15 minutos, o povo dispersou, saiu o boato de que ela
já estava no quarto e não ia dar entrevista, o povo começou a ir embora.
Eu me enfezei e fui de andar em andar no hotel procurando ela.
Como eu fiz: eu ia no primeiro andar e colocava o ouvido de porta em porta para
ver se eu ouvia a voz dela.
E nisso eu acabava ouvindo vozes do pessoal da
comitiva dela, falando em português, eu procurando a voz dela.
Fui de porta em
porta, andar por andar. Imagina, o hotel mais luxuoso de São Francisco é
imenso, parece um castelo, e eu fui de porta em porta, todos os quartos,
demorei uma hora e meia pelo menos tentando ouvir a voz da Dilma para
bater na porta dela e falar o que tem que ser falado. Não consegui achar, acho
que foi dormir direto, não sei.
Fui embora, a Maria dormiu lá e de manhã me ligou dizendo que
tinha pegado ela no café da manhã e já feito um panelaço. Ela disse que a Dilma ia para Stanford e fomos para lá. Chegamos
lá e a gente já estava mais esperto da estratégia dos agentes.
Eles enganaram
todo mundo, fizeram todo mundo achar que ela ia pela frente quando ela foi por
trás. A gente fez uma estratégia diferente, falei pra ela 'vou fingir que sou
da comitiva, eu e o Lucas - outro cara que estava com a gente - e nós vamos
achar a porta que ela vai entrar.
Chegamos lá, cumprimentamos todo mundo. A espera durou mais de
duas horas. Quando do nada ela chegou, entrou na portinha, eu estava lá sentado
com o Lucas do lado.
Quando o segurança viu a gente pegando o celular e a
câmera já começou a desconfiar. Só que já era tarde demais, ela entrou e a
gente começou a falar, falar, falar.
Aí é que está, pegou o pessoal todo de
surpresa. Todo mundo jurava que éramos da comitiva. Do nada a gente 'sua
pilantra, vagabunda', o pessoal ficou espantado.
Um guarda pegou o Lucas, por
isso o vídeo dele é curtinho. Eu segui atrás dela xingando e aí chegou o
engraçadinho do Jacques Wagner, não perde uma piada, mas se ferrou. Eu tinha
entendido na hora: 'você está com dinheiro no bolso para papar?', algo assim.
Depois que fui ver que ele tinha falado: 'você está com dinheiro do papai?'.
A grande maioria dos brasileiros aqui é contra o PT, é oposição.
Você consegue encontrar petistas aqui, por incrível que pareça. Engraçado, o
que os petistas estão fazendo aqui? Num emprego capitalista?
Depois que fui expulso do local, o segurança perguntou para mim e
pro Lucas se éramos repórteres porque ele estava com medo que saísse na mídia.
E aconteceu exatamente o que eles não querem, sair na mídia.
Isso é só o começo. Gostaria de agradecer todos os
brasileiros que estão me dando apoio, estou recebendo a cada segundo milhares
de mensagens, prometo que vou responder todo mundo, vou demorar, mas vou
responder. Obrigado pelo carinho do pessoal por falarem que representei o povo
brasileiro, realmente foi uma honra representar o povo brasileiro.
Pretendo e vou continuar agindo pelo Brasil,
como um bom patriota faz. Vamos à luta, não vamos nos dispersar.
Precisamos
focar em pequenas lutas para ganhar a guerra. É claro que não precisa ganhar
todas as batalhas para ganhar uma guerra, mas é uma guerra a longo prazo e só
ganharemos essa guerra se lutarmos de pouquinho em pouquinho.
Não podemos ficar
parados, temos que continuar aumentando essa onda conservadora, temos que
continuar aumentando essa onda da direita, e vamos juntos que nós só somos
fortes unidos."
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