Deputado quer que o governo vote em seu favor na Câmara e pede saída de ministro; em troca, oferece não dar pontapé inicial em processo de impeachment de Dilma
Acusado de ter contas na Suíça com US$ 5 milhões, sem tê-las declarado à Justiça Eleitoral brasileira, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, negocia com o PT para barrar o pedido de cassação de seu mandato feito pelo PSOL.
O peemedebista, segundo a Folha de S. Paulo, oferece aos petistas não dar o pontapé inicial no processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Em troca, quer apoio na Câmara e pede a saída de José Eduardo Cardozo (PT) da Justiça.
O Conselho de Ética da Câmara, que analisa o pedido do PSOL para cassar Cunha, tem 21 deputados.
Com nove do PMDB e sete do PT, 16 no total, o presidente acredita ter o suficiente para impedir que o processo chegue ao plenário.
Se chegar, serão necessários 257 dos 512 deputados para efetuar a cassação em votação aberta, e Cunha crê que a situação sairia do controle.
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PSB-BA), afirmou nesta quarta-feira (14) que o processo para apurar a suposta quebra de decoro do presidente da Casa deverá estar concluído até o fim deste ano, apesar de o prazo final de tramitação no conselho ser de até 90 dias, informou o G1.
PSOL e Rede entendem que Cunha mentiu em depoimento à CPI da Petrobras, em março deste ano, quando disse que não possuía contas no exterior.
Já Cardozo, ministro da Justiça, é apontado por Cunha como responsável por vazar informações sobre investigações contra ele.
O presidente da Câmara quer que Michel Temer (PMDB-SP), atual vice-presidente, assuma a Justiça, mas Dilma Rousseff resiste em aceitar.
Fonte: ÉPOCA
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