Por: severinomotta
Num formulário de maio de 2003, um funcionário do Merril Lynch diz que verificou, pessoalmente, o passaporte de Eduardo Cunha e chegou a ir até sua casa para verificar a identidade de seu cliente.
O documento traz uma série de diligências que deveriam ser realizadas pelo banco para se ter certezas sobre o titular da conta.
No formulário, o funcionário diz ainda que não conduziu pesquisas em fontes públicas em jornais e revistas, por exemplo, pois conhecia a história de seu cliente.
Para banco suíço, Cunha ficou rico com Telerj,
imóveis e trabalhava no “Planalto”
Num dos perfis produzidos sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para as contas no exterior é dito que ele, enquanto comandante da Telerj, ganhava bônus de até US$ 350 mil e que fez fortuna, cerca de US$ 2 milhões, vendendo imóveis na Barra da Tijuca, que para a consultora que assina o perfil era um lugar não valorizado e que só explodiu de preço recentemente.
Veja aqui formulários e relatórios relativos à abertura de contas do deputado na Suíça.
Diz ainda que ele foi eleito deputado em 1998 e passou a trabalhar em Brasília, no “Palácio Planalto”, voltando sempre aos fins de semana para sua casa na Barra.
Entre as fontes de informações sobre o deputado, são usados seu perfil na Wikipedia e no site da Câmara.
Na Suíça, mulher de Cunha é descrita como ‘housewife’
Nos documentos relativos às contas relacionadas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, enviados pelas autoridades suíças ao Brasil, a mulher do parlamentar, Cláudia Cruz, é descrita como dona de casa (housewife, em inglês).
A posição, inclusive, é usada para justificar seu patrimônio e aponta que ela é casada com uma pessoa politicamente exposta, deputado federal no Brasil.
Os documentos, aos quais o Radar On-Line teve acesso, ainda mostram o uso do passaporte diplomático de Cláudia e sua assinatura nos formulários de abertura de contas. Confira aqui a documentação completa.
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