21/10/2015
Digam adeus a DILMA, Déficit pode chegar a 1,53% do PIB. É
crime! Bolsa Família pode perder R$ 10 bilhões
Tirou-se o manto diáfano da fantasia do governo Dilma, mas a governanta parece ainda não se ter dado conta da nudez crua da verdade, para lembrar Eça de Queirós.
E, por
isso, tende a insistir em permanecer no Palácio do Planalto, embora os fatos
insistam em conspirar contra ela, lembrando-lhe não mais do que a sua biografia
de governo.
Como era esperado e como
sabia qualquer pessoa que analisasse os números, e já se tratou disso aqui
tantas vezes, o governo não vai fazer neste ano aquele 0,15% de superávit
primário.
Nesta quinta, deve assumir um déficit que chegará, no mínimo, a 0,85%
do PIB. Mais um. E ainda será um número falso.
No ano passado, as contas já
ficaram no vermelho. Por isso Dilma pedalou. E por isso tem de perder o mandato
— por isso também, note-se.
O rombo
neste ano deve chegar a R$ 50 bilhões — no ano passado, foi de R$ 32,5 bilhões.
Embora ela o tenha negado de pés juntos.
Atenção! Para tentar se livrar de uma
reprovação das contas no Congresso, o governo prometeu compensar os bancos
públicos pelo bicletismo.
Aí o rombo pode chegar perto de R$ 90 bilhões.
Sim,
só de assalto aos bancos públicos, aquele que o governo negava, há um passivo
de uns R$ 40 bilhões relativo a 2014.
Aí o déficit primário chegará a espantoso
1,53% do PIB.
Segundo,
no entanto, a Fundação Perseu Abramo, do PT, o próprio partido e os economistas
de esquerda, não há crise nenhuma no Brasil. Tudo seria uma invenção de
neoliberais.
No congresso da CUT da semana passada, onde Dilma ouviu,
impassível, “Fora, Levy”, Lula recomendou incentivar o crédito e aumentar os
gastos públicos.
Alguma
surpresa? Não! Foi preciso desacelerar a economia e praticar recessão, não por
boniteza, como diria Guimarães Rosa, que Dilma gosta de citar, mas por
necessidade.
A arrecadação despencou, e o dinheiro faltou. Simples assim.
Dramático assim.
É por
isso que as agências de classificação de risco deram um downgrade no país.
Assumir a piaba, no entanto, não quer dizer resolver o problema.
Para lembrar:
o Brasil já está no primeiro degrau do patamar especulativo na Standard &
Poor’s e a apenas um de atingir a mesma condição da Fitch na Moddy’s.
A
expectativa é que, assumindo o tamanho do problema, o país evite novo
rebaixamento em razão da sua sinceridade.
Não me parece que possa dar certo. Um
sincero quebrado continua… quebrado.
Orçamento de 2016
O país insiste num superávit de 0,7% no ano que vem — lembre-se de que, também nesse caso, a ideia era admitir o déficit.
O país insiste num superávit de 0,7% no ano que vem — lembre-se de que, também nesse caso, a ideia era admitir o déficit.
Como consequência, veio o
rebaixamento da S&P. Para tanto, o relator da peça orçamentária, o deputado
Ricardo Barros (PP-PR), vai propor um corte de, atenção!, 35% nos gastos do
Bolsa Família.
Estão previstos, no ano que vem, R$ 28,8 bilhões para a área —
que ficaria com pouco menos de R$ 19 bilhões.
O
deputado fez um raciocínio que costuma levar ruminantes de esquerda e do PT a
uma concussão cerebral:
“No Bolsa Família há uma grande rotatividade. As
famílias que estão no programa serão mantidas e as que saem não serão
substituídas, é simples o raciocínio. Precisamos ser racionais, e não agir com
emoção.
Não vou votar um Orçamento deficitário”.
O que
dirá Dilma? O que dirão os petistas? Não custa lembrar que a governanta venceu
a eleição por uma estreita margem, e uma das campanhas terroristas do petismo
insistia que Aécio Neves, do PSDB, se vencesse a disputa, iria pôr fim ao Bolsa
Família.
Digamos que esse se tornou o território sagrado do PT.
Atenção!
O governo estuprou a Lei de Responsabilidade Fiscal no ano passado.
Fez o mesmo
neste ano. Tende a repetir a dose no ano que vem. Isso, por si só, se querem
saber, caracteriza crime de responsabilidade.
Qual é
o espírito da LRF, a cada item? Não se cria despesa sem receita que a
cubra. Se vale para cada parte, tem de valer para o todo.
Dilma sustentou o
último ano de seu governo e o primeiro do novo na base dos crimes fiscais. Sem
contar o resto da bandalheira.
Esta
senhora está contribuindo para afundar a economia do país. Mais uma vez,
volta-se ao ponto: tire-se Eduardo Cunha do meio do caminho, que os tontos
juram ser o problema, e resta o quê?
Dilma
poderia encurtar a agonia de todos nós e pedir para sair.
A crise econômica já
está aí. A política está dada.
A de governança é evidente. Essa costuma ser a
receita de uma crise social, que é sempre mais feia.
Atenda
ao chamado do bom senso, Dilma, e peça para sair.
Enquanto é tempo.
(Via
Veja e Agência)
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