Lava Jato: conheça o software de espionagem usado
na operação
Se você acha exagero ou às vezes até duvida do
que vê nas melhores séries ou filmes policiais, certamente vai ficar surpreso
com esta solução usada pela Polícia Federal na investigação do maior esquema de
corrupção no Brasil – a Operação Lava Jato.
Condenações e prisões foram
possíveis e agilizadas graças à uma tecnologia forense de Israel para extração
e análise inteligente de dados contidos nos telefones celulares dos suspeitos.
Após a
apreensão legal do aparelho, uma vez conectado neste equipamento, é possível
fazer a extração completa de tudo o que está armazenado na memória do celular.
O sistema é compatível com mais de 17 mil tipos de dispositivos, seja qual for
a versão do sistema operacional ou fabricante; a tecnologia é capaz de ler
inclusive aparelhos falsificados – os famosos Xing Ling com placas genéricas.
Criptografia
e senha também não são problemas.
Em questão de minutos, o aparelho quebra os
níveis mais avançados de segurança e bloqueio.
Uma extração completa pode levar
até cinco horas para ser concluída, mas gera um volume imenso de dados.
Informações
que tiverem sido previamente deletadas do aparelho também são encontradas na
varredura.
A
tecnologia é usada em mais de 60 países por órgãos de polícia, setores de
inteligência, advogados e agentes legais.
Além da Polícia Federal aqui no
Brasil, o FBI e até a CIA são exemplos.
O último avanço da solução foi além das
informações contidas nos smartphones.
Hoje o equipamento é capaz inclusive de
encontrar credenciais usadas no aparelho e acessar diversos serviços de
armazenamento na nuvem para coletar informações.
A
qualidade da extração depende muito do tipo e das condições que o aparelho
apreendido apresenta, do sistema operacional e dos aplicativos instalados.
Mas
a empresa israelense garante uma taxa de sucesso acima dos 80%.
Toda extração é
resumida em um único arquivo, que pode ser armazenado em um pen drive ou um HD
externo.
A segunda
etapa do sistema forense é ainda mais surpreendente.
O arquivo gerado na
extração é lido por um software proprietário que faz uma análise completa de
tudo o que foi encontrado no aparelho – inclusive nos serviços online.
Com uma
série de filtros de análise de conteúdo, a ferramenta é inteligente para
analisar e cruzar as informações obtidas em diferentes aplicações. Tudo o que
foi feito no celular é identificado e catalogado.
A
correlação de dados pode ser feita até entre 100 aparelhos.
Todas informações e
cruzamentos são bastante visuais.
Veja, por exemplo, a análise destes três
suspeitos.
É possível encontrar os contatos que eles têm em comum, quando
falaram entre si e, usando informação do GPS do celular, identificar até quando
estiveram em um mesmo local. Nada escapa.
Com o
avanço contínuo e frenético da tecnologia, o grande desafio é manter a solução
atualizada, afinal o número de apps não para de crescer e tudo que é atualizado
quase que diariamente.
Mas se tem mais uma função que vale mencionar é que a
análise de dados possui tradução automática instantânea de 23 idiomas e, além
de identificar palavras suspeitas, o software de análise ainda cria uma lista
de possíveis códigos usados nas comunicações.
Quer mais?! Provavelmente daqui
em diante você vai assistir às séries forenses com outros olhos.
fonte►http://olhardigital.uol.com.br/video/lava-jato-conheca-o-software-de-espionagem-usado-na-operacao/52060utm_campaign=newsletter_posicao_video&utm_medium=imagem&utm_source=newsletter
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