O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (Imagem: Rodrigo Capote)
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que uma equipe do ministério fará um estudo "técnico e jurídico" para avaliar se o ex-presidente Fernando Henrique Cardozo cometeu algum crime federal ao enviar dinheiro para o exterior através da empresa Brasif Importação e Exportação.
"Havendo indícios de delitos puníveis de competência federal, seguramente a Polícia Federal fará investigação através de inquérito.
Isso não vale apenas para o presidente Fernando Henrique.
Vale para todos os brasileiros.
É impessoal", afirmou o ministro da Justiça.
Fernando Henrique admitiu ter enviado dinheiro à jornalista, mas nega ter usado a empresa.
Mirian Dutra
Mirian Dutra resolveu falar à imprensa brasileira nesta semana depois de 30 anos.
Suas declarações ecoaram em praticamente todos os veículos de comunicação do Brasil.
Ex-jornalista da TV Globo, Mirian revelou que a empresa Brasif S.A.Exportação e Importação ajudou FHC a enviar recursos ao exterior para custear gastos dela e do filho, Tomás Dutra.
Segundo Miriam, as transferências foram feitas por meio de contrato fictício de trabalho celebrado em dezembro de 2002 e com validade de quatro anos.
A contratante que aparece nos registros da contratação é a empresa Eurotrade Ltd., cuja sede a Brasif mantém nas Ilhas Cayman.
Entre outras revelações, Mirian confessou ainda que realizou dois abortos custeados por FHC.
Brasif
O empresário e pecuarista Jonas Barcellos, dono do grupo Brasif, que teria bancado despesas de Mirian Dutra, ex-amante de FHC, pode ter sua influência medida pela lista de presença dos eventos que organiza em Uberaba (MG).
Na Mata Velha, uma de suas fazendas, ele reuniu, em 2013, o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB) em uma feijoada.
Em 2010, juntou Dilma e José Serra (PSDB), então pré-candidatos à Presidência.
Os louros de Barcellos não estão apenas na pecuária.
Por quase 30 anos, a Brasif praticamente monopolizou a exploração no Brasil de duty-frees, as lojas francas instaladas nos aeroportos para a venda produtos importados isentos de impostos.
O empresário abriu sua primeira unidade em 1978, no Rio.
Jorge Bornhausen, ex-senador pelo PFL/DEM e influente nos governos Collor e FHC, foi vice-presidente da empresa Brasif nos anos 1990.
Hoje, a Brasif, que começou em 1965 como distribuidora de produtos siderúrgicos, atua em setores diversos como a venda de máquinas pesadas, biotecnologia animal e varejo de roupas íntimas.
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário