Marcelo Odebrecht anuncia que
pretende colaborar com a Justiça, informa VEJA.com
Preso há oito
meses, dono da maior empreiteira do país avisa à Justiça que pretende colaborar
com as investigações sobre os repasses de dinheiro no exterior ao marqueteiro
do PT
Operação Acarajé, mais recente fase
da Operação Lava Jato, que levou para a prisão o marqueteiro João Santana e sua
mulher.
Em depoimento prestado à Justiça ontem, logo depois da prisão do
publicitário do PT, o dono da maior empreiteira do país e uma das principais
envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras, permaneceu em silêncio.
Os investigadores queriam saber detalhes sobre os repasses de
dinheiro feitos pela empreiteira a João Santana.
Segundo a Polícia Federal,
empresas offshores ligadas à Odebrecht transferiram 3 milhões de dólares para
contas secretas que o marqueteiro mantinha no exterior.
O dinheiro teria sido
usado para pagar despesas das campanhas presidenciais de Lula e Dilma Rousseff.
Em um ofício encaminhado à Polícia Federal, a defesa do empresário
pediu ao juiz que autorizasse a transferência de Marcelo Odebrecht da
carceragem da Superintendência da PF para o Complexo Médico Penal de Pinhais,
onde ele está preso há quase um ano, para que ele concluísse com seus advogados
as alegações finais que devem ser apresentadas à Justiça.
Em petição anexada ao
processo, a defesa também pede um prazo para a redação das alegações finais.
Feito isso, o empreiteiro quebraria o silêncio que se impôs e
estaria disposto “a colaborar com essa investigação”.
Não ficou claro qual
exatamente seria o nível de colaboração, mas a simples sinalização já provoca
tremores no PT e no governo.
Pode ser um blefe, uma forma de ganhar algum
tempo, mas pode não ser.
Marcelo Odebrecht é considerado o guardião de segredos
que podem fulminar de vez a biografia do ex-presidente Lula e danos
irreparáveis à presidente Dilma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário