A Operação Turbulência, desencadeada nesta terça-feira (21), tem como alvo empresas envolvidas na compra do avião, que teriam ligação até com o esquema investigado pela Operação Lava Jato. Algumas delas seriam de fachada, segundo a PF.
A Globo News acaba de relatar que as investigações preliminares apontam que a aeronave que caiu matando Eduardo campos pode ter sido comprada com dinheiro sujo do petrolão. A lavajato investigará os fatos.
Quatro pessoas foram presas em uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga a ligação entre o avião que caiu com o ex-governador de Pernambuco e então candidato à presidência Eduardo Campos, em agosto de 2014, em Santos (SP), e uma organização especializada em lavagem de dinheiro, que teria movimentado mais de R$ 600 milhões. Uma quinta pessoa está foragida.
A Operação Turbulência, desencadeada nesta terça-feira (21), tem como alvo empresas envolvidas na compra do avião, que teriam ligação até com o esquema investigado pela Operação Lava Jato. Algumas delas seriam de fachada, segundo a PF.
Há a suspeita de que parte do dinheiro movimentado serviu para pagar propina e formar “caixa dois” de empreiteiras.
Presos em São Paulo na Operação Turbulência da PF, empresários chegam ao Recife escoltados por policiais (Foto: Reprodução/TV Globo)
Presos
Os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho e Eduardo Freire Bezerra Leite foram presos quando desembarcavam em São Paulo, mas foram levados para o Recife e chegaram ao Aeroporto dos Guararapes às 9h50.
Mello Filho seria um dos donos do jato que levou Eduardo Campos, segundo a empresa AF Andrade, que tem o registro da aeronave na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Em 2014, o PSB afirmou que o uso do jato na campanha eleitoral havia sido autorizado por Mello Filho e Apolo Santana Vieira.
Vieira, que também empresário, foi preso em uma academia, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da capital pernambucana.
Arthur Roberto Lapa Rosal foi preso em casa, em Vitória de Santo Antão, na Mata Norte de Pernambuco.
O quinto mandado, ainda em aberto, é para Paulo César de Barros Morato.
A previsão é que os presos prestem depoimento na sede da PF, no Cais do Apolo, região central do Recife, e depois sejam encaminhados para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.
Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
O G1 entrou em contato com a família de Eduardo Campos, mas ainda não obteve resposta, e procura os advogados dos presos durante a operação.
Em nota, a direção nacional do PSB, afirma ter plena confiança na conduta de Eduardo Campos, ex-presidente e ex-governador de Pernambuco.
No texto, o partido afirma que apoia a apuração das investigações e reafirma a certeza de que, ao final, não restarão quaisquer dúvidas de que a campanha de Eduardo Campos não cometeu nenhum ato ilícito.
O Governo de Pernambuco informou que aguarda o resultado da coletiva da PF sobre o assunto, prevista para a manhã desta terça, para comentar o assunto.
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