O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, como membro de alta hierarquia do Ministério Público Federal, possui direito legal de portar arma de fogo.
Esta não é, entretanto, a realidade dos outros milhões de brasileiros.
Janot afirmou em entrevista ao Washington Post que não tem medo de represálias por seu envolvimento na Operação Lava-Jato, pois dorme com uma pistola ao lado da cama e com três carregadores cheios.
Tal declaração levou Bene Barbosa, maior ativista pró-armas da atualidade no Brasil, lembrar o fato de que o mesmo Janot assinou documento técnico do Conselho Nacional Ministério Público dando apoio ao Estatuto do Desarmamento, onde se colocou oficialmente contrário a aprovação da PL 3722/12, do deputado Rogério Peninha, que pretende revogar parte do Estatuto.
Vale lembrar que mesmo que a PL seja aprovada futuramente, isso ainda não significa que será fácil comprar armas.
O projeto não tem poder de revogação total ao desarmamento, apenas pretende amenizá-lo. As restrições para a compra de armas de fogo ainda serão muitas e a burocracia ainda será grande.
Bene, ao observar os fatos, questiona a legitimidade dessa posição de Janot quanto às armas:
"Por qual motivo, eu, um cidadão comum, devo acreditar que o monopólio da segurança oferecido pelo Estado será suficiente ou eficiente em me proteger, proteger minha família e nosso patrimônio quando o próprio presidente da entidade dorme com uma pistola calibre .40 S&W e 3 carregadores ao lado da cama, sabedor que as forças de segurança não estarão lá quando ele realmente precisar?
E convenhamos que ele está longe de ser apenas mais um cidadão comum ligando 190."
Fica a pergunta no ar.
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