O delegado Tuma Junior o acusa de ter confessado a existência, sim, de um propinoduto em Santo André — nota: Carvalho era o braço-direito do prefeito.
Mais do
que isso.
O agora
ex-ministro teria dito ao delegado que ele, pessoalmente, levava a dinheirama para
José Dirceu.
Não é a primeira vez que o nome
do petista graúdo aparece na história.
O oftalmologista João Francisco Daniel, um dos irmãos de Celso,
diz que Carvalho lhe fez, sim, a confissão.
E nos mesmos termos.
Marcos Valério também afirmou à polícia que foi convidado a dar
um cala-boca, com grana, em pessoas que chantageavam Carvalho e Lula, ameaçando
contar o que sabiam sobre a morte do prefeito.
Segundo disse, não aceitou a tarefa.
Acho que é mais uma questão a ser investigada.
Já escrevi sobre o estranho comportamento dos petistas quando
Celso foi assassinado.
Recuperem
o noticiário de janeiro de 2002, por ocasião da morte do prefeito.
Antes que qualquer pessoa aventasse publicamente a possibilidade
de que o PT pudesse ter tido algum envolvimento, os petistas botaram a boca no
trombone e saíram acusando a suposta tentativa de incriminar o partido,
exigindo, em tom enérgico, que a polícia fizesse alguma coisa.
Montou-se uma verdadeira operação de guerra para controlar o
noticiário.
No arquivo do blog, vocês encontram alguns textos a respeito.
Celso foi o primeiro de uma impressionante série de oito cadáveres.
O prefeito morto era já o
coordenador do programa de governo do então pré-candidato do PT à Presidência,
Lula.
O partido seria o primeiro a ter motivos para desconfiar de
alguma motivação política para o sequestro e imediato assassinato.
Deu-se, no entanto, o contrário: o partido praticamente exigia
que a polícia declarasse que tudo não havia passado de crime comum.
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