Se conviver com a diabetes é uma droga, ao menos ter a doença será um pouco mais ‘maneiro’. O Laboratório Draper, da Universidade de Cambridge, desenvolveu uma tatuagem que muda de cor de acordo com o nível de açúcar no sangue da pessoa tatuada. Agora os diabéticos só precisam pensar em um desenho interessante para sua tatuagem.
A tinta especial usada nos desenhos foi, inicialmente, criada para ajudar atletas e pessoas que têm problemas cardíacos. No entanto, o processo era muito complicado. Os cientistas, então, aproveitaram a tinta para que ela pudesse detectar o nível de glicose no sangue.
As nano partículas da tinta são esferas minúsculas – de 120 nanômetros de diâmetro. Dentro das esferas há três partes: a molécula detectora de glicose, uma tintura que muda de cor e uma outra molécula que imita a glicose. Quando essas partículas são dissolvidas na água elas se comportam como anilina, de acordo com Heather Clarck, uma cientista de Draper.
Essas três partículas se movem, continuamente, dentro da esfera em que estão contidas. Quando elas se aproximam da superfície, a molécula detectora se agarra a uma molécula de glicose, ou à molécula que imita a glicose.
Se a maioria das detectoras se agarra às glicoses “verdadeiras” a tatuagem fica amarela. Se o nível de glicose está baixo, a tinta fica roxa. Um nível saudável de glicose é representado por uma coloração laranja. O processo se repetindo em questão de milisegundos, garantindo uma leitura sempre correta.
Os diabéticos não precisariam deixar seus afazeres de lado para testar o nível de açúcar de seu sangue e se furarem a todo momento. E os testes não são feitos apenas duas vezes por dia, mas sim constantemente.
Além disso, as tatuagens não precisam ser grandes. E a tinta especial também não precisa ser aplicada tão “profundamente” como em tatuagens normais.
Os cientistas estimam que as tatuagens especiais estejam disponíveis daqui a dois anos, no máximo. [Crunchgear]
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