Publicado em 23 de fev de 2018
O escritório do advogado e
compadre do ex-presidente Lula, Roberto Teixeira, foi o que mais recebeu repasses
da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio), que é investigada na
Operação Jabuti, etapa da Lava Jato do Rio deflagrada nesta sexta-feira (23).
Segundo a investigação, a
federação pagou R$ 180 milhões em honorários advocatícios, sendo que R$ 68
milhões foram para o escritório de Teixeira e R$ 20 milhões para o escritório
de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB). Os
procuradores responsáveis dizem ver irregularidades no momento apenas nos
repasses da Fecomércio-RJ para Adriana Ancelmo, mas dizem que devem apurar mais
adiante as relações da federação com os outros escritórios para verificar se os
serviços de fato foram prestados.
O presidente da entidade, Orlando
Diniz, foi preso nesta sexta na Operação Jabuti, sob suspeita de desviar
recursos da federação, do Sesc e do Senac, dois órgãos mantidos com recursos
públicos.
"Se a atividade foi
prestada, independentemente de quem a exerça, ok. Se a atividade não foi
prestada, a gente vai ampliar a investigação para saber por que não foi, se
houve alguma prática ilícita por parte desse prestador de serviço ou não.
A gente vai tentar entender por
que tamanha quantia de dinheiro para essas contratações", disse o
procurador da República Felipe Bogado. Roberto Teixeira já é réu em duas ações
penais da Lava Jato em Curitiba junto com o ex-presidente Lula.
No mesmo escritório, trabalha o
advogado Cristiano Zanin Martins, genro de Teixeira e responsável pela defesa
do petista em todas as ações penais dele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário