Uma tropa que
recebe treinamento de alto nível, com sede em Goiânia, chegou ao Rio de Janeiro
para ficar na linha de frente da intervenção federal no estado, sob o comando
do general Walter Souza Braga Netto, informa O Globo.
"Na caserna, entre os militares, seus integrantes são chamados de
'fantasmas' por atuarem nas sombras, em operações sempre cercadas de sigilo. O
Batalhão de Forças Especiais do Exército conta com aproximadamente 2 mil
homens. Não raro, eles são comparados aos Navy Seals da Marinha americana, que
mataram Osama bin Laden no Paquistão em 2011. Esses militares, preparados para
ações antiterror, têm nas mãos uma missão muito difícil: expulsar o tráfico e
as milícias de algumas favelas cariocas."
Coronel da reserva e ex-integrante das Forças Especiais, Fernando
Montenegro explicou ao jornal que os integrantes passam por um rígido processo
de seleção no Forte Imbuí, em Niterói, antes de seguirem para um mínimo de
cinco anos de preparação em Goiânia.
"É incomparável a qualidade deles. Eles alcançam uma qualificação
extrema não só em nível tático, recebem treinamento de ponta para ações de alto
risco em áreas urbanas. Trabalham com inteligência e entendem como funcionam as
forças de sustentação de uma guerrilha. É um treinamento que capacita o militar
a suportar situações extremas. Cada integrante das Forças Especiais tem um
nível de conhecimento que o permite planejar sabotagens em grandes instalações
e até produzir explosivos de forma improvisada."
No brasão dos FEs, como são chamados, aparece uma mão empunhando uma
faca, com uma luva – referência às ações sempre discretas, que não deixam
rastros. A lâmina está manchada de vermelho e o fundo preto indica que a tropa,
preferencialmente, age à noite.
Tremei, vagabundos do tráfico!
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