O melanoma é o tipo menos prevalente, porém mais agressivo, de câncer de pele: segundo relatório britânico, 80% das pessoas com a doença conseguem se curar (Peter Dazeley/Getty Images)
Levantamento britânico reflete os avanços das últimas quatro décadas no tratamento da doença
Um relatório britânico mostrou que, atualmente, 80% das pessoas que sofrem de melanoma — o tipo menos comum, porém mais agressivo de câncer de pele — sobrevivem à doença. Segundo esse estudo, essa taxa era de 50% nos anos 1970. Em comunicado, Richard Marais, diretor do Instituto Paterson para Pesquisa em Câncer, que pertence à Universidade de Manchester e onde o levantamento foi feito, considerou os novos dados como uma “sólida melhora” no tratamento do melanoma.
“Mais e mais pessoas estão combatendo o câncer de pele, mas nós não podemos parar por aí. Precisamos desenvolver tratamentos cada vez melhores para ajudar os 20% dos pacientes que não conseguem sobreviver”, disse Marais. O estudo também indicou que 90% das mulheres e 80% dos homens atingidos pela doença alcançam hoje uma sobrevida de pelo menos dez anos após contraírem o melanoma. Há 40 anos, essa prevalência era, respectivamente, de 58% e 38%.
Doença agressiva — O melanoma tem origem nas células produtoras de melanina, substância que dá cor à pele. Esse tipo de câncer de pele é menos frequente, sendo responsável por apenas 4% de todos os tumores malignos no Brasil. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) sugerem que, em 2012, foram registrados 6.230 novos casos da doença no país. Já o câncer de pele não melanoma, o tipo mais comum da doença, corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Apesar da sua alta incidência, apresenta baixa taxa de mortalidade. Atinge principalmente pessoas de pele clara ou com doenças de pele prévias. O Inca estima que ocorreram 134.170 casos da condição em 2012.
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