Envemo Super 90: O Porsche feito no Brasil

Foto: Webmotors
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Originalmente a Envemo optou por colocar o propulsor de 1,6 litro e 66 c

Toda semana temos um encontro para falar de paixão. 

A mesma paixão por máquinas com quatro rodas que motivou a criação tanto dos modelos comuns como também dos especiais, moldados para serem muito mais do que um simples meio de transporte. 

O Envemo Super 90 é um deles.

 
O modelo chegou ao mercado em 1980. O sonho do construtor Luís Fernando Goncalves começou de forma criteriosa. Para fazer melhor a recriação, ele desmontou seu próprio Porsche 356 para captar todos os detalhes da máquina.
 
Andar em um dos 122 exemplares produzidos durante a década de 80 era chamar atenção na certa. E não só naquela época. Em um belo sábado de sol me encontrei com o dono dos dois modelos, Adilson Castardelli, para gravarmos a matéria.
 
De sua oficina localizada em Moema, a Adilvox, fomos até a locação despertando a curiosidade das pessoas pelo caminho. O estilo que remete ao início dos anos 60 é sinônimo de Porsche e a baixa altura torna a dirigibilidade bem divertida. Aliás, o ronco do motor boxer, especialmente em suas notas mais elevadas, é sensacional.
 
Originalmente a Envemo optou por colocar o propulsor de 1,6 litro e 66 cv. Os dois modelos da matéria, porém, contam com um acerto mais adequado à proposta original da marca. Eles utilizam carburadores Weber 44 (cabriolet) e Solex 40 (cupê) para chegar próximo dos 90 cv. Isso garante as saídas rápidas de semáforo.
 
Particularmente gosto mais da versão fechada, mas a vantagem inegável do conversível é pisar fundo sentindo o vento nos cabelos. Isso não faz bem somente ao coração, como também mantém os motores tinindo. Coisa de apaixonado.

Impressões ao volante
 
Quem nunca andou em um cabriolet deve provar a sensação. É algo interessante, já que parecemos alheios à realidade à nossa volta. No caso do Super 90 o destaque fica por conta do som do motor boxer, verdadeira música para os ouvidos.
 
Já o cupê se mostrou igualmente bem acertado, mas com uma pegada mais esportiva. Talvez tenha sido um reflexo das cintas de couro segurando o capô, algo típico nos modelos alemães e que inspira os apaixonados pela marca.
 
Nesse caso o volante Nardi de três raios se mostrou perfeito para a pilotagem. Perfil baixo e o ronco do escapamento estimulam uma tocada mais agressiva. E nos dois casos ficou comprovada a principal função de um modelo clássico: puro prazer ao dirigir.
 

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