Presidente Dilma Rousseff e o pronunciamento


 
A chefe do Executivo após enigmático silêncio enquanto ocorriam pelo Brasil todo sonoras manifestações de inconformidade resolveu fazer na sexta-feira (21/06) um pronunciamento à Nação.
O pronunciamento foi recebido pela mídia com um "falou, falou e não disse nada. Tudo o que ela quer é que abandonemos as ruas e nos calemos diante da Copa dos absurdos"1.
Outro artigo reclama que "ao contrário do que afirmou a presidente da República, Dilma Rousseff, em pronunciamento na sexta-feira, há sim dinheiro federal em obras de estádios da Copa de 2014. E não é pouco. Somados os incentivos fiscais, subsídios em empréstimos e até participação em arenas, a União já comprometeu R$ 1,1 bilhão com os locais para jogos do Mundial."2
Também não passou desapercebido no pronunciamento o intento sistemático por impor a cubanização nos moldes do "socialismo do século 21" do finado Hugo Chávez através da "importação de milhares de médicos".
Organizações médicas, em nota divulgada no sábado (22), criticaram a importação de médicos estrangeiros para atuar no Brasil. Assinado pelo Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira, Associação Nacional dos Médicos Residentes e Federação Nacional dos Médicos, diz que a medida "tem valor inócuo, paliativo,  populista e esconde os reais problemas que afetam o SUS (Sistema Único de Saúde)."3
Tirando as castanhas do fogo
"O governo federal deve anunciar na próxima terça-feira (25) medidas de estímulo à criaçāo de vagas de residência nos hospitais, como parte do programa "Mais Médicos", do Ministério da Saúde. Como informou com exclusividade no  sábado (22) o "Jornal das Dez", da GloboNews, será a primeira resposta concreta da administraçāo de Dilma Rousseff à onda de protestos que tomou conta do país." relatou Renata Lo Prete, Editora de Política do 'Jornal das Dez'4.
Continua a jornalista:
"O governo anunciará o lançamento de edital para hospitais interessados e o investimento de R$ 100 milhōes na ampliaçāo do número de vagas de residência. Haverá prioridade para áreas de forte demanda no sistema público de saúde, como pediatria, oncologia e anestesiologia .
"Será fixada a meta de zerar, em 2014, o déficit de 4 mil vagas  – sāo cerca de 15 mil os formandos em medicina a cada ano, e 11 mil os postos disponíveis."
Apesar do lapso, 15 mil deve ser o número de postos disponíveis e 11 mil o número de formandos a cada ano, nota-se, que o déficit de 4 mil médicos seria comodamente subsanado caso houvesse a inversão de valores que o governo dispôs para gastos com o futebol (R$ 1,1 bilhão, sem contar com os financiamentos) e na saúde (R$ 100 milhões).
Um exemplo de inversão de prioridades ou descaso programático para justificar a importação de doutrinadores marxistas cubanos?

1 - http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/06/130620_recao_midias_sociais_pai.shtml

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