Enquanto os investidores tentam entender a liquidação de ativos de mercados emergentes observada nos últimos dias, vale a pena analisar o montante de empréstimos feitos por bancos estrangeiros a essas economias, afirma um blogue do jornalFinancial Times, da Grã-Bretanha, destacando como exemplo o Brasil.
De acordo com dados do Banco para Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), as dívidas do País com bancos globais quase quadruplicaram durante a última década, passando de US$ 50 bilhões em 2005 para US$ 200 bilhões em 2013.
O FT afirmou que, para o presidente do Banco Central (BC) brasileiro, Alexandre Tombini, que se reuniu com representantes do jornal britânico nesta segunda-feira, 27, isso não é uma dificuldade, uma vez que apenas 8,8% do financiamento bancário vem do exterior.
No entanto, observa o diário, em números absolutos, o montante é grande.
Apenas a exposição a instituições financeiras estrangeiras soma, aproximadamente, mais da metade das bastante consideráveis reservas externas do Brasil, de cerca de US$ 375 bilhões, diz o FT.
Tombini afirmou ao periódico que essas dívidas estão bem protegidas.
Tombini afirmou ao periódico que essas dívidas estão bem protegidas.
"Parte desses empréstimos foi tomada em 2012, antes da normalização (da redução das compras de ativos pelo Federal Reserve, Fed, o BC dos Estados Unidos)", disse.
"Quando você toma empréstimos nesse ambiente, você tende a ser mais cauteloso em termos de hedge (expediente adotado para se resguardar de flutuações de preços)", acrescentou, destacando que não há falta de dólares no Brasil.
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