“Thriller”, de Michael Jackson, o álbum mais vendido de todos os tempos,

“Thriller”, de Michael Jackson, o álbum mais vendido de todos os tempos, completa 30 anos; relembrem os seus maiores hits assistindo a três espetaculares videoclipes

"Thriller"-Michael-Jackson
A capa de “Thriller”: entre 65 e 110 milhões de cópias vendidas no mundo inteiro, dependendo da fonte
Publicado em 17 de novembro de 2012
Por Daniel Setti
campeões de audiência 02
O cruzamento entre as diversas fontes americanas que costumam divulgar cifras do mercado mundial de discos (revistas como Billboard, emissoras como a MTV e entidades como a RIAA – Associação da Indústria Fonográfica Americana) não permite uma conclusão precisa, mas calcula-se que tenham sido vendidas até hoje entre 65 e 110 milhões de cópias de Thriller, o sexto trabalho solo de Michael Jackson (1958-2009).

Trata-se do maior êxito de vendas de todos os tempos, com uma folga de no mínimo 15 milhões para os segundos colocados no ranking de estimativas – Back in Black, do AC/DC, e The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, ambos na faixa dos 50 milhões – e cujo lançamento completa 30 anos no próximo dia 30.
Quantidade e qualidade
Mais do que o fenômeno definitivo das paradas de sucesso e consolidação do status de Michael comogênio pop, porém, Thriller é um excelente disco.
Seus atributos vão desde a qualidade das composições – quatro do total de nove escritas pelo próprio cantor/compositor/dançarino – à ousada produção do peso-pesado Quincy Jones, passando pelo ecletismo estilístico das faixas (rock, funk, baladas e até ritmos de insinuação africana) e o seu potencial comercial (só duas não foram lançadas também como compactos).
Sem falar na participação de um Beatle, Paul McCartney, na canção “The Girl is Mine”.
Os clipes
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Como esquecer a coreografia de zumbis no clipe de “Thriller”?
Enfim, poderíamos debater por horas a fio as curiosidades de Thriller  – a presença do percussionista brasileiro Paulinho da Costa nas gravações, por exemplo -, ou mergulharmos em suas lendas urbanas, como aquela sobre o guitarrista Eddie Van Halen, que teria batido o telefone na cara de Jones ao ser convidado para gravar o solo de “Beat It”, pensando ser um trote.
Mas, ao menos por hoje, ficamos “apenas” com os três videoclipes promocionais singles do álbum, outro elemento essencial na mitologia deThriller e da carreira de Jackson como um todo.
Tal trio de obras-primas da estética pop televisiva lançadas ao longo de 1983, sobretudo a da faixa-título, elevaria o videoclipe a uma nova forma de arte e abriria a porta a pelo menos uma dezena de outros épicos musicais televisivos protagonizados pelo astro. A partir de então, o mundo aguardaria um novo clipe de Michael com a mesma ansiedade que um disco seu. Relembrem:
“Billy Jean”
O primeiro dos três também teve grande importância extramusical, já que seria o primeiro vídeo de um artista negro a ser exibido pela então recém-nascida MTVamericana. Traz Michael sendo perseguido por um paparazzi e seus clássicos passos de dança sobre o chão de luzes. A direção é de Steve Barron.
“Beat it”
Retrata a obsessão de Jackson com as gangues violentas das grandes cidades dos Estados Unidos, das quais ele nunca teve sequer tempo de participar.
Em harmonia se perfilavam para a guerra, sob o mais sutil e silencioso dos gestos, brancos, latinos e negros, todos mal encarados.
No final eles acabavam bailando juntos, com direito a uma polêmica coreografia com facas, enquanto Michael exercia o modesto papel de narrador, comicamente abraçado ao travesseiro e trajando pijaminha de piano. Direção de Bob Giraldi.
“Thriller”
O melhor clipe musical de todos os tempos é na verdade um curta-metragem de quase 14 minutos dirigido por John Landis, o diretor de outro clássico fílmico da década de 1980, o longa cult Um Lobisomem Americano em Londres (1981), e que pouco antes da morte de Michael o processaria por não pagamento de lucros obtidos com o vídeo.
A produção e parte do roteiro foram assinados por um cada vez mais autosuficiente popstar.
A lista de elementos impossíveis de esquecer começa com o inocente flerte entre Michael e a mocinha, avança por sua transformação em lobisomem e atinge o ápice com a histórica coreografia de zumbis encabeçada pelo ídolo, devidamente caracterizado como morto-vivo. Imbatível.
Para lerem mais a respeito de Michael Jackson, cliquem aqui ou aqui.

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