Menção à saída da presidente do cargo
aumentou 873% em relação a janeiro
Minas Gerais - Belo Horizonte
Panelaço na capital mineira
Nos últimos trinta dias, nenhuma palavra foi tão associada à presidente Dilma Rousseff nas redes sociais quanto impeachment.
No mês passado, a combinação entre o nome dela e o termo que significa a retirada constitucional de um presidente do poder teve um aumento de 873% em relação a janeiro no microblog Twitter, segundo levantamento feito pela consultoria Bittes - foram mais de 120 000 menções.
O principal motivo, conclui a análise da empresa, foi o escândalo do petrolão. Petrobras, a empresa pilhada pelos aliados da presidente, é o segundo termo mais citado com a dupla Dilma+impeachment, atrás apenas de Lula, o antecessor e padrinho político da petista.
A onda de menções ao impeachment nas redes sociais se avoluma à medida que se aproxima o dia 15 de março, data em que estão programadas manifestações em várias cidades do país para pedir a saída da presidente.
Já existem ao menos 33 eventos marcados no Facebook, com mais de 1 milhão de confirmações - mesmo petistas estimam que ao menos 100 000 pessoas podem ir às ruas apenas em São Paulo.
Neste domingo, o panelaço ocorrido em várias cidades brasileiras enquanto a presidente falava em cadeia de rádio e TV foram antecedidos e acompanhados por um disputa virtual.
No Twitter,#VaiaDilma superou a #DilmadaMulher, turbinada pelo perfil oficial da presidente.
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A organização dos protestos na internet começou a ganhar força com dois grupos, o "Vem pra Rua" (que não defende abertamente o impeachment, mas leva a bandeira das investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal) e o "Movimento Brasil Livre", mas rapidamente se espalharam e se pulverizaram.
Os dois grupos somam apenas 26% do total de confirmados para o 15 de março.
Mesmo eles não têm controle sobre seus integrantes.
Afirma Renan Santos, de 30 anos, coordenador nacional do "Brasil Livre":
"Pelas nossas contas, temos mais de 200 grupos de whatsapp, é impossível de monitorar.
Para participar, basta seguir algumas diretrizes básicas, como ser contrário à intervenção militar e ser um defensor de ideias liberais.
De resto, cada um cuida da sua manifestação".
Foi a o primeiro pronunciamento de Dilma Rousseff em cadeia de rádio e televisão em seu novo mandato.
Alheia à gravidade das crises econômica e política que atingem seu governo, Dilma mencionou o ajuste fiscal proposto pelo governo e o maior propinoduto da história brasileira, que sangrou a Petrobras.
Ainda ecoando o discurso eleitoral contra os "pessimistas" - embora os protestos nas ruas e nas redes sociais não tenham sido organizados por nenhum partido --, a presidente afirmou:
"Se toda vez que enfrentamos uma dificuldade pensarmos que o mundo está acabando ou que precisamos começar tudo do zero, só faremos aumentar nossos problemas", disse.
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